Mudanças tecnológicas, novas relações com o trabalho e pressões sociais têm reconfigurado o mercado profissional nos últimos anos.
Com isso, conselhos que antes orientavam decisões de carreira deixaram de fazer sentido.
Segundo a especialista Carolina Valle Schrubbe, fundadora da Quare, é preciso atualizar a forma de pensar o trabalho e a trajetória profissional.
Ela lista sete ideias que perderam validade e apresenta alternativas mais coerentes com a realidade atual.
Permanecer na mesma empresa até se aposentar
Por muito tempo, estabilidade era sinônimo de sucesso.
Hoje, mudar de emprego pode trazer crescimento, novos desafios e melhores condições financeiras.
“O mercado valoriza a diversidade de experiências e a capacidade de adaptação”, afirma Carolina.
Ela destaca que profissionais que se reinventam conseguem construir trajetórias mais dinâmicas e com mais oportunidades.
Ter diploma é suficiente para conseguir um bom emprego
Formação acadêmica segue relevante, mas não é mais o único critério valorizado pelas empresas.
Habilidades práticas, experiência e competências comportamentais têm ganhado destaque nos processos seletivos.
“O estudo continua importante, mas o foco está na resolução de problemas e nas soft skills”, explica a especialista.
Empresas analisam como o profissional se posiciona em situações reais, e não apenas o que consta no currículo.
Saber todas as respostas é uma obrigação
No modelo anterior, o bom profissional era quem dominava todas as respostas.
Hoje, o mercado valoriza quem faz as perguntas certas e colabora com diferentes perfis.
“A busca por aprendizado contínuo e a escuta ativa são mais relevantes que o conhecimento fechado”, reforça Carolina.
Essa abertura fortalece a capacidade de inovar e adaptar-se a novos contextos.
Fracassar é sinônimo de fracasso
A associação direta entre erro e fracasso perdeu espaço no ambiente profissional contemporâneo.
Para Carolina, errar faz parte do processo de crescimento.
“Fracasso é parte do aprendizado. Quem evita errar deixa de explorar oportunidades”, afirma.
Ela lembra que muitas inovações surgiram após várias tentativas malsucedidas.
Trabalhar duro o tempo todo garante sucesso
Produtividade não significa longas jornadas de trabalho.
De acordo com a especialista, o esforço precisa ser direcionado de forma estratégica.
“O ideal é priorizar tarefas com impacto e não acumular horas sem resultado”, orienta Carolina.
Trabalhar com foco evita sobrecarga e melhora a eficiência das entregas.
Mulheres devem escolher entre carreira e família
A ideia de que mulheres precisam abrir mão da vida pessoal para crescer profissionalmente está ultrapassada.
Empresas que promovem flexibilidade e equidade de gênero conseguem atrair e reter talentos.
“Mulheres podem ocupar posições de liderança sem renunciar à vida pessoal”, afirma a especialista.
Ambientes inclusivos ajudam a construir equipes mais diversas e preparadas para lidar com desafios complexos.
Idade limita o sucesso profissional
A valorização da diversidade inclui o reconhecimento das contribuições de profissionais mais experientes.
Segundo Carolina, não existe idade certa para recomeçar.
“O mais importante é manter-se atualizado e aberto a novas oportunidades”, pontua.
A combinação entre experiência e atualização constante pode ser decisiva em muitas funções.
O que seguir no lugar desses conselhos?
Carolina aponta algumas orientações mais adequadas ao cenário atual.
Ela recomenda desenvolver a capacidade de aprender de forma contínua, diante da velocidade das mudanças.
Investir no autoconhecimento ajuda na tomada de decisões e no alinhamento com objetivos pessoais.
Outra habilidade relevante é a adaptabilidade. Saber lidar com mudanças é um diferencial competitivo.
Equilibrar vida pessoal e profissional também é necessário. O esgotamento compromete a produtividade e a criatividade.
Por fim, construir uma marca pessoal consistente contribui para o posicionamento profissional, tanto no ambiente de trabalho quanto nas redes sociais.
Para a especialista, o principal é abandonar antigos padrões e aceitar os desafios com flexibilidade.
“Abrace as incertezas. Quem se prende ao que já sabe limita o próprio crescimento”, finaliza Carolina.
Fonte ==> Casa Branca