A apresentadora do Shark Tank, Luitha Miraglia, lembrou que foi apenas a terceira vez em que o programa, que completa dez anos em 2025 no Brasil, teve plateia.

O primeiro a subir no palco foi Fábio Maila, da Ilha do Pão de Mel, empresa de Ilha Solteira. Em sua apresentação, ele explicou que está à frente de um negócio familiar com mais de 50 anos de história, e destacou que o carro-chefe dos doces que vende é o pão de mel adoçado com mel e não açúcar como é comum no mercado.

Ele ofereceu 25% de participação na empresa em troca de um investimento de R$ 600 mil. Apesar de o produto ter agradado à bancada, houve dúvidas sobre alguns números do negócio. Caito Maia fez uma proposta que foi aceita: 10% da empresa em troca de uma mentoria; dependendo do desempenho, Maia fará um aporte financeiro.

André Mussi e Caio Maselli, da Writeflow, plataforma que une automação e inteligência artificial para eliminar retrabalho e otimizar as operações das empresas, pediram R$ 363 mil por 5% do negócio. A bancada quis mais explicações sobre que tipo de empresa seria cliente da Writeflow, mas, ao final, com exceção de Caito Maia, os “tubarões” fizeram propostas que acabaram reunidas na oferta de R$ 200 mil cada, totalizando R$ 600 mil, com participação de 15% dividida entre Carol, Camila e Semenzato.

“Nós nos preparamos, mas não havia como não ficar ansiosos, mas quando subimos no palco, os sharks passaram segurança e tivemos tranquilidade, as palavras saíram”, disse Caio

O último a fazer o pitch foi Itamar Alves, da Empório Esmeralda, de Marília, que produz geleias e temperos. Alves queria R$ 500 mil por 10% de participação no negócio. Ele contou que precisa de dinheiro para expandir a empresa, uma vez que um comprador quer encomendar 60 mil unidades de geleia, porém, hoje, ele não tem capacidade para produzir tanto.

Ao final da negociação, os quatro “sharks” se comprometeram a fazer mentorias com Alves, porém sem colocar recursos na empresa.

Palestras

Mas não foi somente o momento Shark Tank que a Arena do Conhecimento recebeu no último dia da FE25. Mais cedo, a programação do espaço começou com a palestra “Brasilidade, diversidade e oportunidades”, da chef e proprietária da Casa do Porco e do Bar da Dona Onça, Janaína Torres. Ela convocou o empreendedor a valorizar o Brasil como fonte de inspiração para os negócios. Segundo ela, a ancestralidade e a riqueza da cultura gastronômica brasileira abrem um leque enorme de oportunidades. Cada região tem características na culinária que podem ser trazidas para a cozinha dos dias atuais. “Desenvolvi todos os meus negócios pensando na minha paixão pelo Brasil.”

A executiva e professora da área de tecnologia com passagens pelo Google e Microsoft, Lisiane Lemos, levou a palestra “IA sem mistério: produtividade e decisões inteligentes com tecnologia ao seu lado”. Ela abordou questões como a aplicação prática da IA nos negócios; IA como diferencial competitivo e uso ético e estratégico desse recurso.

A atriz e empresária Giovanna Antonelli marcou presença com a palestra “O discurso do óbvio”.

Com o tema “Inteligência Empreendedora”, a FE25 ocorreu de 15 a 18 de outubro no São Paulo Expo, na capital paulista e teve como objetivo fomentar o empreendedorismo com foco na geração de negócios, networking e divulgação de produtos e serviços, além de trazer tendências, oportunidades, tecnologia, histórias inspiradoras, consultorias.