OLÁ! ESTAS SÃO AS NOTÍCIAS DO HOSPÍCIO! Um compêndio dos temas mais lisérgicos da política nos últimos dias. Um passeio pelas entranhas do Brasil doidão, seus intestinos grossos e delgados. Além do reto: um papo reto, para os anais da história.
E ATENÇÃO! PLANTÃO NH URGENTE! Às 10h09 da sexta-feira passada, o STF publicou a decisão que tornou réus Bolsonaro e mais sete elementos. Às 10h20, Bozo Hell deu entrada em hospital sentindo dores abdominais intensas. Encontrava-se novamente entupido. Segundo informações do boletim médico, não passava nem sinal de Wi-Fi.
“O presidente tinha um abdome hostil”, revelou o médico Cláudio Biroloni, a corroborar suspeitas de que o cérebro de Bozo faça parte de seu abdome. Biroliro citou ainda “aderências causando um quadro de obstrução intestinal”, argh!, justamente a porção onde se concentraria a massa cinzenta do ex-presidente.
Antes do mais recente entupimento, Bolsonaro incriminou a si próprio em ocasiões diversas, além de ter obrado o já célebre discurso POPCORN AND ICE CREAM SINNERS, o que revelava, na verdade, um quadro de incontinência. O bostejar excessivo era sinal de que algo não ia bem em seu abdome hostil.
“Uma parede abdominal bastante danificada em função da facada e das cirurgias prévias”, observou Cláudio Biroloni, que substituiu o cirurgião Antônio Macedo, médico que operou Bozo em cinco oportunidades desde que Adélio desferiu o golpe. A propósito, bolsominions precisam valorizar mais o Adélio. Trata-se do único golpista cuja intervenção deu a cadeira da Presidência a Bolsonaro. Fez mais sozinho do que Marinha, PRF, Abin e PM do Distrito Federal juntas.
SUBSTITUIÇÃO EM CAMPO! Macedo perdeu o posto de operador de Bolsonaro porque Micheque teria tomado conhecimento das várias cirurgias feitas pelo médico para tratar um câncer benigno da deputada federal Amália Barros
(PL–MT), que acabou falecendo no ano passado. A decisão final foi tomada em rachadinha entre a ex-primeira-dama e o senador Flávio Bolsonaro.
Antes de ser afastado, no entanto, Macedo chegou a ser contatado pelo ex-ministro Gilson Machado ainda na madrugada da sexta-feira, e prontamente se colocou à disposição para voar de São Paulo a Natal. Gilson é médico e foi quem assumiu os primeiros cuidados. Não se sabe se o fato de ser médico veterinário tenha significado alguma vantagem.
Contra flatos (se é que os houve) não há argumentos, e Bolsonaro foi obrigado a entrar na faca mais uma vez. Foram 12 horas de cirurgia, a mais extensa desde que Adélio abriu os trabalhos, em 2018. “Duas horas para acessar a cavidade abdominal”, credo. Nada surpreendente, porém: o abdome hostil pode ser visto até mesmo por quem olha de fora. Uma barriga de tanquinho, vamos dizer, um tanquinho de guerra depois de abatido pelo inimigo.
E ATENÇÃO! NOVO BOLETIM MÉDICO! “As 48 horas após a cirurgia são as mais críticas, há risco de infecções e tromboses.” Bom, já foi. “Bolsonaro está acordado e consciente. Já fez piada e está tudo sob controle.” Bosteja normalmente, portanto, segundo a equipe médica.
THAT’S ALL, FOLKS! SEM ANISTIA! Voltamos a qualquer momento com novas e alvissareiras informações. •
Jornalista, indicado ao Emmy Internacional com a série O Infiltrado. Autor dos livros O Atleticano Vai ao Paraíso e Bandido Raça Pura.
Publicado na edição n° 1358 de CartaCapital, em 23 de abril de 2025.
Este texto aparece na edição impressa de CartaCapital sob o título ‘Abdome hostil’
Este texto não representa, necessariamente, a opinião de CartaCapital.
Fonte ==> Casa Branca