26 de novembro de 2025

Abracorp inicia debate para nova forma de remuneração

Eduardo Vasconcellos Neto, presidente da Abracorp e da Kontik

PANROTAS / Artur Luiz Andrade

Eduardo Vasconcellos Neto, presidente da Abracorp e da Kontik

DALLAS – O presidente do Conselho da Abracorp, Eduardo Vasconcellos Neto, também presidente da Kontik, uma das maiores TMCs do País, esteve na Conferência Anual da GBTA, em Dallas, no Texas, de olhos em novas tecnologias e produtos, mas acima de tudo atento aos movimentos que apontam para novos modelos e possibilidades de distribuição. Uma mudança inevitável e apontada já há alguns anos e que está sendo acelerada pelo NDC, por novas ferramentas que unificam diversas plataformas de expense e travel, e por novos desejos e necessidades dos viajantes corporativos.

DUDA VASCONCELLOS – Vim com o olhar de entender para onde está indo esse novo modelo de distribuição. Como as companhias aéreas americanas estão tomando a frente nessa mudança, vim para ouvir e entender dos players daqui quais os caminhos que estão surgindo.

VASCONCELLOS – O que está certo é que se trata de um caminho sem volta. Mas o final dessa linha ninguém sabe ainda como vai ser.

VASCONCELLOS – As TMCs continuam com um espaço importante e fundamental entre as companhias aéreas e os clientes, talvez com mais relevância ainda. Essa história de que o NDC vai trazer melhores tarifas e tarifas personalizadas para o cliente final, não significa que será uma tarifa mais baixa. A tendência, pelo contrário, é que as companhias controlem cada vez mais os preços. As TMCs e demais players precisam estar prontos para ter todas as capacidades do NDC prontas para o cliente, que precisa ter todas as possibilidades à mão. Em uma sessão ouvir de uma cliente, uma gestora de viagens, que o menor preço não necessariamente vai ser o ideal. Ela disse que prefere pagar mais por valor. Por exemplo, ela quer todos os viajantes dentro do programa, viando com segurança, podendo ser gerenciados e contatados. O duty of care continua sendo crucial e a menor tarifa não pode ser uma barreira para ele. Usar os privilégios do programa para os viajantes, algo que eles não terão ao comprar diretamente. As TMCs têm que ter um compromisso de acelerar a adesão e adequação ao NDC, mas dependemos das aéreas, dos OBTs, das empresas de tecnologia. Sei que nem tudo que está disponível nas APIs das aéreas para a conexão direta com o cliente estão disponíveis para OBTs e GDSs. E isso temos de resolver em conjunto.

VASCONCELLOS – Entendo o caminho da companhia aérea, que quer vender todos os seus produtos. E nós TMCs podemos oferecer tudo isso também. Sei também que o objetivo delas é cortar custo e os GDSs são o maior componente nesse sentido. Mas quando se fala no custo para distribuir via TMCs, há muita controvérsia nesse tema. Enquanto houver competição entre as companhias aéreas, e isso deve continuar, alguém vai estar sempre com uma estratégia que vai priorizar ou contar mais com um ou outro canal. Nós como TMC, temos obrigação de vender e oferecer o que nosso cliente quer, mais que a nossa vontade ou a da companhia aérea. Temos de mostrar o melhor caminho, agregar dados e serviços, e atendê-lo da melhor forma.

PANROTAS / Artur Luiz Andrade

Grupo de TMCs presentes à GBTA 2023: Copastur, Avipam, Stabia, BeFly e Voll (na foto, faltam os representantes da Kontik e Costa Brava)

Grupo de TMCs presentes à GBTA 2023: Copastur, Avipam, Stabia, BeFly e Voll (na foto, faltam os representantes da Kontik e Costa Brava)



Fonte ==> Panrotas

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