16 de junho de 2025

Bancada do PT pede isenção de imposto na cesta básica do Rio de Janeiro

Na esteira do governo federal, que anunciou medidas para reduzir os preços dos alimentos, a bancada do PT na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) solicitou que o governo do estado adote isenção e alíquota zero de ICMS para todos os itens da cesta básica. 

Pelas leis estaduais, apenas o arroz e o feijão são isentos de tributação. Nesta terça-feira (11), a deputada Marina do MST cobrou que o governador Cláudio Castro (PL) retire a atual taxa de 7% aplicada aos demais produtos da cesta, como café, leite e farinha. 

Ao Brasil de Fato, a parlamentar afirmou que os estados devem contribuir para conter a alta dos alimentos. O governo Lula (PT) decidiu zerar as alíquotas de importação de carne, açúcar, milho, biscoitos, massas, farinha, óleo de cozinha e azeite de oliva.

“A queda do preço dos alimentos deve ser uma prioridade de todo o país. O governo federal já fez sua parte e o governo do nosso estado tem que dar sua cota de contribuição para que as famílias tenham alimento barato em suas mesas”, cobrou Marina do MST.

O estado do Rio pode conceder isenção fiscal sobre produtos essenciais, por meio do Convênio ICMS 224/17. Mais de 30 alimentos compõem a cesta básica do estado. No entanto, a Lei Estadual nº 9.391/2021 e o Decreto Estadual nº 47.787/2021 garantem a isenção do ICMS apenas para arroz e feijão. Os demais itens são tributados em 7%.

Nesse sentido, o Projeto de Lei 4869/2025, dos deputados petistas Luiz Paulo, Marina e Lucinha, autoriza o poder executivo a fixar alíquota de ICMS de zero a 7% sobre os produtos da cesta básica. A medida foi protocolada ontem (11). Se aprovada na casa legislativa, Castro poderá sancionar ou vetar.

Comida mais cara

Em comparação com fevereiro do ano passado, a cesta básica de alimentos ficou mais cara em 14 das 17 capitais onde o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) realiza a pesquisa mensal dos preços.

São Paulo foi a capital que apresentou o maior custo (R$ 860,53), seguida pelo Rio de Janeiro (R$ 814,90), Florianópolis (R$ 807,71) e Campo Grande (R$ 773,95). O preço do café em pó, do tomate e da carne bovina puxaram a alta de preços no mês de fevereiro, segundo o estudo do Dieese.

A alta de 7,69% no preço da comida durante 2024 pressionou o governo Lula (PT) a definir o tema como prioritário para este ano. A reforma tributária em andamento prevê alíquota zero para itens como arroz, leite e carnes. Outros produtos, como pães de forma e óleos vegetais, também podem ter redução parcial de tributos. 

Ainda na área tributária, o governo federal tenta articular com os estados que ainda cobram ICMS de alimentos básicos para zerar os tributos.



Fonte ==> Brasil de Fato

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