Estabelecer prioridades, evitar parcelamentos e autoconsciência financeira são algumas sugestões de especialista para não afetar o bolso
A Black Friday costuma ser um período aguardado entre os consumidores, embora alguns não se planejem financeiramente, o que acaba comprometendo o orçamento pessoal.
De acordo com uma pesquisa da Wake e da Opinion Box, 23% dos entrevistados planejam gastar mais de R$ 1 mil, enquanto 20% ainda não sabem quanto devem desembolsar.
Para a educadora financeira e consultora do Will Bank, Mila Gaudencio, comparar valores por meio de buscadores, acompanhar cupons de descontos e pesquisar produtos de interesse com antecedência são algumas dicas para pagar mais barato.
Já para comprar de maneira consciente e não comprometer o bolso, a especialista cita algumas recomendações:
Estabeleça prioridades
Gaudencio destaca que, antes de decidir o que comprar, o ideal é pensar nas prioridades financeiras.
“Perguntar a si mesmo se há coisas mais importantes que precisam de atenção, como pagar dívidas ou economizar para um objetivo maior, é uma ótima maneira de se desafiar”, diz.
Ela acrescenta que priorizar é uma tática essencial para evitar decisões de compras impulsivas.
“Precisamos comprar com propósito, não com pressa. A sensação de realizar compras alinhadas com suas metas proporciona uma satisfação a longo prazo muito maior do que a satisfação instantânea de uma promoção”.
Saiba o que cabe no bolso
Embora pareça difícil saber o que cabe no orçamento, é importante definir um limite sem afetar as outras áreas da vida.
Por isso, Gaudencio pontua que é importante colocar um valor máximo para as compras na Black Friday e garantir de que esse limite seja respeitado, mesmo com as grandes promoções.
“Ao não ultrapassar nossos limites, evitamos a culpa pós-compra e exercitamos nossas habilidades de controle financeiro. É fundamental pensar duas vezes antes de clicar no ‘comprar’”, aponta a consultora.
Redobre a atenção com parcelamentos
Pagar em parcelas pode afetar o orçamento futuro, sobretudo com os juros. Por isso, a educadora sugere que evitar o parcelamento é uma boa maneira de fugir da sensação constante de dívida.
“Se ainda sim precisar parcelar, é muito importante calcular como as parcelas vão impactar suas finanças. No entanto, se a divisão do pagamento for realmente necessária, é fundamental simular o impacto das parcelas no orçamento”, comenta.
Além disso, a consultora destaca que a tentação de dividir um valor em várias vezes cria uma falsa ilusão de alívio imediato, podendo gerar ansiedade no futuro.
Mantenha-se atento aos golpes
Por fim, Gaudencio alerta para golpes e sites falsos.
“É muito importante prestar atenção nos detalhes para não cair em armadilhas. Checar se o site é confiável antes de realizar a compra, por meio da confirmação da URL e da presença do certificado SSL, que é aquele cadeado que fica ao lado do endereço do site”, explica.
Nas compras online, a educadora acrescenta que o ideal é optar por utilizar um cartão de crédito virtual. Se optar por fazer um pagamento via Pix, é indicado que confirme para onde vai o valor e desconfie de descontos excessivamente altos.
“Investir seu dinheiro em um produto que nunca chegará à sua casa pode transformar o sonho da Black Friday em uma verdadeira dor de cabeça, além de gerar um grande impacto financeiro negativo em seu bolso”.