20 de abril de 2025

Como estimar os custos dos concorrentes e usar esses dados para melhorar a gestão – Do Micro Ao Macro – CartaCapital

Como estimar os custos dos concorrentes e usar esses dados para melhorar a gestão – Do Micro Ao Macro – CartaCapital

Analisar os custos da concorrência é um caminho para entender melhor o mercado e tomar decisões mais precisas. Segundo a FIPECAFI, essa estratégia permite otimizar despesas, aumentar a margem de lucro e identificar oportunidades de crescimento.

O método Competitor-Focused Accounting (CFA), destacado por Welington Rocha, diretor-presidente da FIPECAFI, propõe uma avaliação contínua dos custos dos concorrentes. Esse processo envolve pesquisa e coleta de informações quantitativas e qualitativas sobre operações, fornecedores e estrutura financeira de outras empresas.

Por que a análise de custos da concorrência é relevante

O Brasil ocupa a 62ª posição entre 67 países no Ranking Mundial de Competitividade IMD, segundo a Fundação Dom Cabral. Esse desempenho reforça a necessidade de empresas adotarem estratégias para se manterem competitivas.

O Boletim Mapa de Empresas do Governo Federal mostrou que, no primeiro quadrimestre de 2024, foram abertas 1.456.958 empresas, um aumento de 26,5% em relação ao quadrimestre anterior. No mesmo período, 854.150 negócios encerraram as atividades, um crescimento de 24,4%. Esses números evidenciam a necessidade de gestão eficiente para garantir a sustentabilidade financeira.

Etapas para mapear custos dos concorrentes

A análise de custos da concorrência deve ser feita de maneira contínua. Entre as principais etapas desse processo estão:

  • Identificar quais concorrentes serão analisados;
  • Definir quais dados e informações serão coletados;
  • Determinar as fontes de pesquisa e os métodos de coleta;
  • Realizar a classificação e análise dos dados obtidos.

Os dados podem incluir informações sobre capacidade de produção, níveis hierárquicos, diversidade de produtos, fornecedores, clientes e máquinas. Também são relevantes os investimentos em marketing, programas de qualidade, treinamento, custos de produção e a composição do capital.

Fontes de informação sobre os concorrentes

Para implementar um sistema de inteligência competitiva, a FIPECAFI recomenda que as empresas utilizem fontes de dados internas e externas. Algumas delas incluem:

  • Equipe de vendas, atendimento ao cliente e operadores de distribuição;
  • Publicidade, compras e pesquisa e desenvolvimento;
  • Agências de crédito, órgãos governamentais e bases de dados eletrônicas;
  • Feiras setoriais, associações e relatórios anuais;
  • Demonstrações financeiras de concorrentes, quando disponíveis.

Exemplos de estimativas de custos dos concorrentes

Os cálculos para estimar custos podem ser feitos com base em dados disponíveis. Um exemplo prático é a projeção dos custos variáveis e fixos.

  • Estimativa de custos variáveis:

    • Se uma empresa teve vendas de $1.000 e custos de produção de $820, pode-se estimar que 60% das vendas representam custos variáveis.
  • Estimativa de custos fixos:

    • Custos fixos = Custo total – custos variáveis.
    • No exemplo acima: $820 – ($1.000 x 60%) = $120.
  • Estimativa do ponto de equilíbrio:

    • Ponto de equilíbrio = custos fixos / margem de contribuição.
    • Margem de contribuição % = (Vendas – custos variáveis) / Vendas.
    • $120 / 0,4 = $300.
    • Ou seja, a empresa precisa faturar $300 para cobrir os custos.

A análise de custos dos concorrentes permite identificar padrões de eficiência e ajustar estratégias de precificação e produção. Segundo Rocha, essa prática ajuda empresas a entenderem sua posição no mercado e aprimorarem suas estratégias financeiras.



Fonte ==> Casa Branca

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