Os governos de Cuba e da Venezuela manifestaram solidariedade oficial ao México neste domingo (28), em decorrência do descarrilamento do trem “Trans-Istmo”, ocorrido na Linha Z do Corredor Interoceânico, que deixou 13 mortos. O acidente aconteceu na cidade de Oaxaca, no sul do país, e foi registrado no trecho estratégico que conecta Salina Cruz a Coatzacoalcos.

Segundo a Marinha Mexicana (Semar), o trem interoceânico transportava 250 pessoas. Do total, 139 passageiros saíram ilesos, 62 sofreram apenas escoriações leves, enquanto o restante exigiu cuidados hospitalares.

O presidente cubano, Miguel Díaz-Canel, expressou suas “mais profundas condolências” ao povo mexicano pelas redes sociais. “Tomamos conhecimento do lamentável descarrilamento de um trem interoceânico no sul do México, que causou inúmeras mortes e feridos. Enviamos nossas mais profundas condolências ao povo e ao governo mexicanos. Toda a nossa solidariedade”.

O chanceler venezuelano, Yván Gil, em nome do presidente Nicolás Maduro, ofereceu orações e apoio total à gestão de Claudia Sheinbaum diante da tragédia. “Expressamos nossa total solidariedade ao povo e ao governo dos Estados Unidos Mexicanos diante do lamentável acidente ocorrido hoje, no qual um trem no Corredor Interoceânico esteve envolvido. Expressamos nossas mais profundas condolências às famílias das vítimas e oferecemos nossas orações pela rápida recuperação dos feridos.”

A presidente Claudia Sheinbaum lamentou as perdas e ordenou que o secretário da Marinha e o subsecretário de Direitos Humanos se deslocassem ao local para prestar assistência direta às famílias. 

Para a operação de socorro, o governo mobilizou um contingente de 360 militares, além de ambulâncias aéreas e drones táticos.

No campo jurídico, a Procuradoria-Geral da República, sob o comando de Ernestina Godoy, iniciou as investigações por meio da Agência de Investigação Criminal para determinar as causas exatas do descarrilamento. 

Relatos de sobreviventes apontam para uma possível falha técnica ou humana, com testemunhos indicando que a composição trafegava em velocidade incompatível com o trecho antes de sair dos trilhos. 

Passageiros que escaparam com vida descreveram cenas de caos e relataram que as próprias vítimas iniciaram os primeiros salvamentos antes da chegada das equipes oficiais.

Apesar da mobilização federal, o clima é de tensão entre os familiares das vítimas. De acordo com a Telesur, no Hospital Rural, surgiram denúncias de precariedade no atendimento e falta de leitos, com parentes dos feridos criticando a postura da equipe médica diante da emergência.

O governador de Oaxaca, Salomón Jara Cruz, anunciou pelas redes sociais que sua administração está colaborando com agências federais para auxiliar as vítimas. “O governo estadual reafirma seu apoio e assistência às pessoas afetadas e suas famílias (…) em coordenação com as autoridades federais e municipais, até que a situação esteja totalmente resolvida”, afirmou.