Thais Novais da Silveira é uma delas. A pedagoga e professora particular de reforço escolar há três anos mora em Sumaré/SP, cidade da RMC. “Comecei a dar aulas particulares em 2022, logo após a pandemia. Meu contrato com a escola havia terminado e, como eu ainda trabalhava em uma escola infantil como assistente de alfabetização em dias alternados, aproveitava os períodos livres para atender crianças com dificuldades de aprendizagem — muitos eram ex-alunos que tinham ficado para trás após tanto tempo sem aulas presenciais.”

“Mais do que uma forma de complementar a renda, o que me motivou foi o desejo de ajudar as crianças a ler e escrever, especialmente no pós-pandemia. Sempre gostei muito de dar aula, e ver o progresso delas é algo que me realiza profundamente”, afirma. Segundo Thaís, o maior desafio da trajetória foi adaptar o espaço físico ao aumento da demanda. “Comecei atendendo três crianças, mas o ‘boca a boca’ entre as mães fez o número crescer rapidamente, e precisei ampliar o espaço para conseguir atender todos.”

Hoje, ela atende 26 alunos, do Jardim II ao 9º ano do Ensino Fundamental, com uma rotina organizada por faixas etárias e períodos. “Tenho uma agenda certinha, com horários fixos e dias específicos para cada grupo. Na sexta, deixo um espaço para resolver pendências ou repor aulas”, explica.

Para quem sonha em empreender na área da educação, Thaís deixa um recado: “Não desistam. O começo é difícil, mas um bom trabalho traz resultados. Vale muito a pena ver a evolução dos alunos, o brilho nos olhos de quem aprende, e perceber que seu trabalho faz diferença. Se é o seu sonho, siga em frente: formalize seu CNPJ, organize o espaço, cumpra as regras e vá em busca do que acredita.”

Números

Educação Empreendedora

Marcela explica que o MEI garante acesso a benefícios previdenciários, como aposentadoria, auxílio-doença e salário-maternidade, e ainda facilita o acesso a linhas de crédito com juros reduzidos, maquininhas de cartão com taxas mais competitivas e outras vantagens que contribuem para a profissionalização da atividade.

Outro ponto importante, segundo a analista, é o baixo custo da formalização: não há taxa para abrir o CNPJ e a contribuição mensal é acessível, com sistema simplificado que dispensa contador. “Para o professor autônomo, isso representa mais credibilidade e diferenciação no mercado, transmitindo confiança para alunos e clientes.”

“Quando o professor aprende sobre educação empreendedora, ele amplia o alcance do seu papel em sala de aula. Mais do que transmitir conteúdo, passa a estimular crianças e jovens a serem protagonistas da própria vida, capazes de planejar, agir e reconhecer o impacto de suas escolhas. Essa é uma forma de formar cidadãos críticos, conscientes e preparados para contribuir com a sociedade”, destaca Marcela.

Para ampliar suas oportunidades, o professor autônomo pode seguir os mesmos caminhos de capacitação de quem deseja abrir qualquer tipo de negócio, investindo em conhecimentos sobre comportamento empreendedor, finanças e marketing.

*Águas de Lindóia, Amparo, Artur Nogueira, Campinas, Conchal, Cosmópolis, Engenheiro Coelho, Holambra, Hortolândia, Indaiatuba, Jaguariúna, Lindóia, Monte Alegre do Sul, Monte Mor, Paulínia, Pedreira, Santo Antônio de Posse, Serra Negra, Socorro, Sumaré, Valinhos e Vinhedo.