O aroma das frutas recém-colhidas e o brilho dourado do açúcar acompanham a trajetória de Léia Fardin desde 1985, quando começou a transformar colheitas em doces artesanais que guardam o sabor do afeto e da tradição. Inspirada pela mãe, encontrou na produção de doces e, mais recentemente, de geleias seu verdadeiro caminho, conquistando prêmio nacional e ampliando em 60% sua produção após capacitações do Sebrae-SP. Sua história é destaque no quadro Sebrae Transforma, disponível nas redes sociais.

De seu ateliê em Santa Rita do Passa Quatro, até hoje Léia mantém o ritual de escolher pessoalmente cada fruta no pomar, observando cor, textura e aroma para garantir a qualidade. E quando chega a hora de transformar os ingredientes em delícias, não abre mão de métodos tradicionais, como a goiabada e o doce de leite feitos no tacho, que exigem mais de duas horas mexendo sem parar, quase uma metáfora da paciência e do cuidado que ela coloca no que faz. “É cansativo, mas é assim que se alcança aquele ponto perfeito, com sabor e textura que só o doce feito à moda antiga tem”, explica.

O encontro com o Sebrae-SP foi um divisor de águas, trazendo não apenas conhecimento, mas também um novo olhar para o negócio. Ao participar de cursos de marketing e gestão, Léia aprendeu a negociar melhor com fornecedores, aprimorar o atendimento e fortalecer a identidade da marca. Investiu em embalagens mais elegantes, rótulos com um layout mais moderno e kits personalizados para presentear, conquistando novos clientes e levando seus produtos para além das fronteiras da cidade. “Descobri que meu doce podia viajar mais longe e tocar mais pessoas. Hoje não paro de receber encomendas, e cada uma é uma nova história que começa na minha cozinha”, conta.

O reconhecimento veio também em forma de premiação: Léia conquistou o 3º lugar no Prêmio CNA Brasil Artesanal – Geleias, promovido pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) em parceria com o Sebrae, a Embrapa e o Instituto de Tecnologia de Alimentos (ITAL/SAA-SP). O evento, realizado no dia 13 de maio em Brasília, reuniu produtores de todo o país e celebrou o trabalho artesanal que une campo e mesa. Sua geleia de laranja, desenvolvida a partir de uma receita própria inspirada nos ensinamentos da mãe, encantou jurados e público, consagrando um trabalho construído com mãos firmes e coração aberto.

Para Léia, o título é mais do que uma conquista: é a prova de que tradição e inovação podem caminhar juntas. “Fazer doce é contar histórias com cheiro e sabor. É levar um pouco da minha terra para cada mesa. O Sebrae me ajudou a entender que, além de cozinhar, eu também podia empreender, e que o mundo é muito maior do que o quintal onde comecei”, ressalta.

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Fonte ==> Sebrae