Sintoma comum preocupa muitos brasileiros e pode indicar inflamação na fáscia plantar; saiba como identificar e qual é o primeiro passo para aliviar o incômodo.
Aquela dor aguda no calcanhar logo ao acordar, que melhora ao longo do dia, mas retorna após períodos de descanso, é um dos sinais mais característicos da fascite plantar, uma inflamação da fáscia que sustenta o arco do pé. A condição é bastante comum entre pessoas que passam longos períodos em pé, praticam atividades físicas de impacto ou possuem alterações biomecânicas, como pisadas inadequadas.
O que é exatamente a fascite plantar?
A fáscia plantar é uma estrutura fibrosa que vai do calcanhar até os dedos. Ela funciona como um “amortecedor natural”, estabilizando o passo e ajudando a distribuir a carga durante a marcha.
Quando sofre sobrecarga repetitiva por uso intenso, calçados inadequados ou alterações na pisada podem inflamar, gerando dor e rigidez, principalmente pela manhã. A dor costuma ser descrita como uma pontada forte no calcanhar, que diminui ao caminhar, mas retorna ao final do dia.
De acordo com profissionais da área da saúde, quanto antes o quadro for identificado, maiores são as chances de evitar a progressão da inflamação. “A fascite plantar costuma dar sinais claros e o mais típico é a dor forte no primeiro passo do dia. O problema é que muitas pessoas acreditam que é algo passageiro e acabam deixando o processo inflamatório se instalar”, explica a especialista Viviane Dias, enfermeira acupunturista e laserterapeuta.
O que fazer primeiro quando surge a dor
Ao notar o desconforto, é indicado iniciar medidas simples que ajudam a reduzir a tensão sobre a fáscia e a controlar o processo inflamatório. Entre as recomendações estão:
- evitar andar descalço em superfícies duras;
- reduzir atividades de impacto, como corrida;
- realizar alongamentos da panturrilha e da fáscia plantar;
- ajustar os calçados — modelos adequados fazem grande diferença.
Se a dor persistir por semanas, é fundamental buscar avaliação profissional para direcionar o tratamento de forma precisa.
Nesse contexto, algumas terapias complementares têm se mostrado eficazes por atuarem no alívio da dor e no processo de reparação dos tecidos. “A laserterapia de baixa intensidade ajuda a reduzir a inflamação e acelerar a recuperação do tecido. Ela atua diretamente na área afetada, melhorando o processo de reparação e diminuindo a dor”, explica Viviane.
A abordagem costuma ser integrada a outras estratégias, como exercícios de fortalecimento, correção de fatores biomecânicos e mudanças na rotina que reduzam a sobrecarga do pé. “A proposta é aliviar a dor, modular a inflamação e contribuir para que o paciente retome sua rotina com mais conforto, sempre respeitando os limites individuais”, conclui a especialista.

Viviane Dias
Enfermeira com atuação em laserterapia de baixa intensidade. Pós-graduada em acupuntura. Atua com abordagens não invasivas voltadas para o alívio da dor, redução de processos inflamatórios e promoção de bem-estar em diferentes condições clínicas.


