23 de abril de 2025

Dorival Júnior blinda Ednaldo de críticas após goleada: 'Seria desleal se falasse qualquer coisa do presidente'


Treinador evitou falar sobre a pressão em cima do seu trabalho e admitiu que a seleção brasileira não soube reagir à estratégia da Argentina Extremamente criticado no cargo de treinador da seleção brasileira após a dura goleada sofrida para a Argentina por 4 a 1, Dorival Júnior evitou avaliar a pressão que tem em cima do seu trabalho, mas admitiu a existência ao afirmar que ela é “sempre grande”. Por outro lado, o comandante foi categórico ao mostrar lealdade a Ednaldo Rodrigues, presidente da CBF reeleito na última segunda para o mandato que valerá de 2026 até 2030.
— Independente da derrota de hoje, eu seria muito desleal se falasse qualquer coisa a respeito do presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Em momento nenhum ele deixou de estar presente, de nos apoiar. Sempre chegou no dia das partidas na grande maioria dos locais que nós tivemos. Teve naturalmente agora esse processo eletivo. Em momento nenhum ele faltou em sentido geral, com a sua presença, com qualquer situação que nós necessitávamos. Tudo nos foi dado, toda a comissão vem sendo dada a todos nós. (Eu seria) extremamente desonesto se eu apontasse qualquer detalhe negativamente nesse processo — afirmou Dorival Júnior.
No que diz respeito ao campo e bola, o treinador admitiu que a estratégia traçada para o clássico contra a Argentina não funcionou. Dorival confessou que a seleção brasileira não foi capaz de sequer demonstrar uma reação, mesmo após diminuir o placar para 2 a 1 com Matheus Cunha após falha da defesa argentina.
— Eu acho que o trabalho estava sendo desenvolvido, está acontecendo. É natural que um resultado como esse nos machuca muito. É um sentimento de todos nós temos, ainda mais perante uma equipe que tem disputas memoráveis com a seleção brasileira. Reconheço o momento da seleção argentina, as dificuldades que teríamos, mas é natural que eu esperasse uma reação um pouco diferente da nossa equipe por tudo aquilo que vinha acontecendo no dia a dia do nosso grupo — falou o técnico.
Dorival admitiu, inclusive, que a “derrota marcante” transformara este em seu momento mais delicado em seus mais de 20 anos de carreira como técnico de futebol, além do passado como jogador. Ainda assim, o treinador tentou demonstrar confiança na sequência do trabalho.
— É uma derrota marcante. É natural, eu tenho que reconhecer isso. Sei o tamanho. (Mas) acredito muito no meu trabalho, o desenvolvimento de tudo isso. É um processo complicado, difícil, um momento ainda maior, mas eu não tenho dúvidas em afirmar que nós encontraremos o caminho. Todos os anos de vivência dentro do futebol talvez seja o momento mais delicado, porém eu jamais desisto e sempre consegui encontrar caminhos importantes nos grupos que dirigi — disse.
Leia outras respostas de Dorival Júnior:
Responsabilidade pela goleada
Responsabilidade é total sempre. Nunca vou deixar de estar à frente de qualquer condição, estando no comando de uma equipe ou de uma seleção. É natural que ninguém esperava o que nós vimos hoje, e a responsabilidade é toda minha. Tudo aquilo que nós planejamos, infelizmente, desde o primeiro minuto de jogo, não aconteceu. A seleção argentina foi superior em todos os sentidos. Peço até desculpas ao torcedor brasileiro, porque a expectativa era muito diferente daquilo que nós vimos, daquilo que nós apresentamos. Foi uma noite muito complicada para todos nós
Pressão no cargo de treinador
A pressão sempre é grande. Eu nunca fujo das minhas responsabilidades. Tenho consciência de tudo que representa, de tudo que vinha a ser desenvolvido e natural que tudo aquilo que nós programamos para uma partida como a de hoje acabou não acontecendo. Eu tenho que reconhecer aquilo que foi a partida, aquilo que foi o jogo, o desenvolvimento da equipe adversária, que com merecimentos fez o resultado e nós não tivemos nenhum sentido de reação mesmo após o 2 a 1. E isso é natural que para todos nós, (seja) muito difícil e muito complicado de tentar explicar uma situação como a nossa. Mesmo reconhecendo o valor de uma seleção como a seleção argentina.
Plano de jogo para a partida
(Demos) todas as situações possíveis aos atletas. Todo o material elaborado em cima da seleção argentina acabou acontecendo. Tudo nós procuramos mostrar da maneira como era a iniciação, a forma como eles evoluíam de um lado, buscando o lado oposto, o trabalho por dentro dos homens que flutuavam… Tentamos nos posicionar na condição de que existisse uma marcação mais agressiva, principalmente nos quatro homens de meio campo. Acabou acontecendo uma enfrentação (sic) constante. O gol logo no início nos criou uma dificuldade ainda maior e logo em seguida saiu o dois a zero. Nós que jogamos há um tempo sabemos as dificuldades que você tem para alcançar uma reação. Ainda sim buscamos o gol, mas as dificuldades ao longo do jogo se repetiram. Mesmo com as alterações, nós não conseguimos, em um momento nenhum, impor tudo aquilo que nós queríamos.



Fonte ==> Folha SP e Globo

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