Queremos ser notados, mas será que temos notado o outro? Queremos que nos ouçam, mas será que estamos dispostos a escutar? “Em verdade vos digo que, onde quer que este evangelho for pregado, em todo o mundo, também será referido o que ela fez para memória sua.” Mt 26.13
Fórmula da sabedoria: como podemos tomar decisões com mais segurança?
A ambição é uma bênção! Não a confunda com arrogância ou senso distorcido de superioridade
Hoje, quero chamar sua atenção para uma personagem intrigante da narrativa bíblica: uma mulher sem nome, mas que recebeu de Jesus Cristo um dos maiores reconhecimentos registrados nas Escrituras.
Uma das necessidades mais fundamentais do ser humano é ser ouvido, sentir que desperta interesse e perceber que aquilo que diz é acolhido e valorizado.
Todos queremos nos sentir relevantes.
Naturalmente, nosso amor próprio nos convence de que nossas ideias, histórias e opiniões são importantes e dignas de serem apreciadas. 
Mas, sempre caberá essa reflexão: será que o mundo ao nosso redor enxerga isso da mesma forma?
Como estampasse essa indagação: E aí, você é interessante?
Seja sincero: você quer ser uma pessoa interessante, não é? Quer ser notado, admirado e lembrado. Se não por todos, ao menos pelo maior número possível de pessoas.
Então, aqui vai um princípio simples e poderoso: quem deseja ser interessante primeiro precisa ser interessado.
Quer despertar a atenção de alguém? Ouça suas histórias. Se interesse por ela!
A vida das pessoas é composta por histórias, e quando percebemos que alguém se importa com aquilo que vivemos e sentimos, passamos a nos interessar por essa pessoa de forma natural
A mulher sem nome, mesmo diante de Jesus — alguém de poder e influência incomparáveis —, não pede nada, não espera nada, não exige nada. Antes de qualquer coisa, ela demonstra interesse genuíno por ele. Ela doa!
Em resposta, Jesus a honra, exaltando sua atitude e garantindo que sua história seria contada por gerações.
A fórmula é eficaz! Ela funciona diante dos mais simples aos mais empoderados, pois todos somos semelhantes e valorizamos quem nos valoriza primeiro.
Isso nos ensina algo valioso: as relações humanas, sejam pessoais, profissionais ou até mesmo casuais, se fortalecem quando nos dispomos a olhar além de nós mesmos. Queremos ser notados, mas será que temos notado o outro? Queremos que nos ouçam, mas será que estamos dispostos a escutar?
Na maioria das vezes estamos tão focados em nós mesmos e nos nossos interesses que incrivelmente não consideramos que o outro com quem queremos estabelecer alguma conexão também tem seus interesses e desejos em pauta.
O segredo para conexões autênticas e relacionamentos frutíferos não está apenas no desejo de ser interessante, mas na disposição de ser interessado.
Então, volto à pergunta inicial: você é interessado?
Se sim, pode ter certeza: você é, sem dúvida, uma pessoa interessante!



Fonte ==> Folha SP e Globo