O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) divulgou uma carta, nesta quinta-feira (25), em que o ex-presidente Jair Bolsonaro reafirma a pré-candidatura do filho à presidência da República em 2026. O texto foi lido em frente ao hospital DF Star, onde o ex-presidente vai passar por uma cirurgia para tratamento de uma hérnia inguinal bilateral, um procedimento considerado de baixo risco.
“Diante desse cenário de injustiça e com o compromisso de não permitir que a vontade popular seja silenciada, tomo a decisão de indicar Flávio Bolsonaro como pré-candidato à presidência da República em 2026”, diz a carta atribuída a Bolsonaro. A indicação de Flávio como candidato de Bolsonaro já havia sido publicizada pelo próprio senador, no início de dezembro.
Apelando a um tom emocional antes da cirurgia, Bolsonaro diz ainda: “entrego o que há de mais importante na vida de um pai: o próprio filho, para resgatar o nosso Brasil. Trata-se de uma decisão consciente, legítima e amparada no desejo de preservar a representação daqueles que confiaram em mim”.
Condenado a 27 anos de prisão por tentativa de golpe de Estado, Bolsonaro está preso, desde 22 de novembro, em uma cela adaptada na Superintendência da Polícia Federal, em Brasília. Ele está inelegível após as condenações pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Internação
O procedimento cirúrgico de Bolsonaro foi autorizado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes, após laudo da Polícia Federal, e deve durar de 3 a 4 horas.
Moraes determinou que Bolsonaro seja vigiado por agentes da Polícia Federal (PF) durante todo o período em que estiver no hospital. A internação deve durar de cinco a sete dias, segundo os advogados.
Nesse período, ele será monitorado 24 horas por dia, com a permanência de dois agentes na porta do quarto, além de outras equipes dentro e fora do hospital. Bolsonaro foi preso em regime fechado após indícios de que pretendia fugir do país.
A ex-primeira dama, Michelle Bolsonaro, foi autorizada por Moraes a permanecer como acompanhante do ex-presidente durante toda a internação hospitalar. Filhos e aliados políticos só poderão visitá-lo com autorização expressa do ministro.
Fonte ==> Brasil de Fato


