14 de agosto de 2025

Energia solar no Brasil: crescimento acelerado e novas fronteiras para o investimento sustentável

O mercado de energia solar brasileiro vive um momento histórico. Nos últimos anos, o país experimentou um crescimento exponencial na capacidade instalada, impulsionado pela queda nos custos de tecnologia, por políticas de incentivo e pela maior conscientização sobre sustentabilidade e independência energética.

Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), o Brasil ultrapassou a marca de 37 gigawatts (GW) de potência instalada em 2024, consolidando-se entre os dez maiores mercados do mundo.

Esse avanço não se restringe apenas às grandes usinas. A chamada geração distribuída — painéis solares instalados em residências, comércios, indústrias e propriedades rurais — representa hoje mais de 80% das conexões solares do país. Para investidores, isso significa um mercado pulverizado, mas com enorme potencial de escala e diversificação de portfólio.

“O que estamos vendo é uma mudança estrutural no setor energético brasileiro”, afirma Lucas Cabral Gouvea, engenheiro civil e fundador da Greenvolt Tecnologia Fotovoltaica. “A energia solar deixou de ser uma alternativa para poucos e passou a ser uma solução viável e desejada por empresas e famílias que querem reduzir custos,
ganhar autonomia e contribuir para a transição energética.”

Lucas Cabral Gouvea, engenheiro civil e fundador da Greenvolt Tecnologia Fotovoltaica

A trajetória da própria Greenvolt ilustra essa tendência. Fundada em 2015, a empresa atua em projetos Residenciais, comerciais e usinas de grande porte, e ultrapassou R$ 17 milhões de faturamento em 2024. O crescimento acompanha o avanço do setor, que, de acordo com projeções da ABSOLAR, deverá movimentar mais de R$ 50 bilhões por ano até o final da década, gerando centenas de milhares de empregos diretos e indiretos.

Além da rentabilidade, especialistas apontam que o setor solar brasileiro oferece proteção contra volatilidade energética e oportunidades de investimento de longo prazo. A expansão da rede elétrica e a modernização regulatória — como a Lei nº 14.300/2022, que instituiu o Marco Legal da Geração Distribuída — dão mais
segurança jurídica a empreendedores e investidores.

Para Lucas, o próximo ciclo de expansão exigirá não apenas capital, mas também inovação tecnológica e modelos de negócio adaptados à realidade de diferentes regiões. “O investidor que entender que energia solar é também um negócio de relacionamento, consultoria e confiança vai sair na frente. Não basta instalar painéis; é preciso entregar soluções completas e acompanhar o cliente para garantir performance e retorno sobre o
investimento.”

Com a combinação de demanda crescente, incentivos regulatórios e maturidade tecnológica, a energia solar no Brasil está deixando de ser apenas uma tendência para se tornar parte estrutural da matriz energética nacional. Para empresários e investidores, trata-se de um momento decisivo para entrar — ou expandir presença — em um dos mercados mais promissores da economia verde global.

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