Eu prefiro um robô a um funcionário preguiçoso – 09/06/2025 – Natalia Beauty

Robô multitarefa com vários braços

Enquanto metade do mundo grita que a inteligência artificial vai tirar empregos, a outra metade, a que realmente trabalha, está respirando aliviada. Porque, no fundo, a IA não está tirando nada de ninguém. Ela está apenas limpando o terreno. Está fazendo o trabalho sujo que muitos líderes não tiveram coragem de fazer: eliminar o peso morto.

Sim, eu prefiro um robô a um funcionário preguiçoso. Porque o robô não enrola, não inventa desculpa, não fica se vitimizando por qualquer cobrança. Não reclama de segunda-feira, não some na hora do problema, não pede day off porque está “sem energia vibracional”. O robô executa, entrega, gera resultado e, sinceramente, isso já é mais do que muita gente com crachá vem fazendo.

Chega de romantizar a preguiça. Chega de proteger profissionais que se escondem atrás de discursos vazios sobre “saúde mental” enquanto vivem no TikTok durante o expediente. Chega de dizer que todo mundo merece emprego só por existir. O mercado não deve satisfação para quem não se mexe. Não tem dívida com quem se contenta em fazer o básico e não, não é desumano preferir produtividade a pretextos. É realismo e sobrevivência.

A IA não assusta quem trabalha. Ela assusta quem finge que trabalha. Porque quem resolve problema, quem entrega acima da média, quem inova, quem puxa o time pra cima, esse profissional não teme ser substituído. Porque não existe algoritmo no mundo que simule comprometimento verdadeiro. Não há ChatGPT que tome a frente de um projeto difícil. Não há automação que enxergue o que precisa ser feito antes de ser pedido. Mas tem muito funcionário por aí que, honestamente, já foi substituído há tempos. Só faltava uma IA para deixar isso evidente.

Vamos ser diretos: a empresa não é ONG. Não é abrigo de adulto imaturo que tem alergia à responsabilidade. O colaborador que vive pedindo reconhecimento sem entregar nada, que diz que não foi contratado pra isso sempre que surge uma urgência, que trata qualquer cobrança como assédio, esse já perdeu seu espaço. Porque o mercado mudou e agora, quem não muda com ele vira custo e custo, meu amigo, é cortado.

Quantas equipes estão inchadas com funcionários “gente boa” que não movem um dedo? Quantos salários são pagos religiosamente enquanto o retorno é zero? Quantos líderes ainda têm medo de parecerem frios se trocarem um funcionário improdutivo por uma solução de IA que entrega três vezes mais, sem drama?

Vamos parar de fingir que toda demissão é crueldade. Em muitos casos, é alívio. É oxigênio, é justiça para quem carrega o time nas costas enquanto o colega do lado passa o dia fingindo que está ocupado.

A IA não está matando empregos. Está matando a desculpa e a cultura da mediocridade protegida por um verniz de empatia fake. Está matando a era do colaborador que quer salário de executivo com atitude de estagiário em férias e sim, isso é uma ótima notícia.

Porque o futuro é de quem se adapta, de quem aprende, de quem faz. E se uma máquina pode fazer tudo o que você faz, talvez a pergunta não seja se a IA vai te substituir. Talvez a pergunta seja, o que exatamente te mantém aí?

Seja você empresário, gestor ou colaborador entenda isso de uma vez por todas, o mundo não vai parar para te esperar. A tecnologia não vai pedir licença para te ultrapassar e o mercado não vai ter pena de quem escolheu ser espectador da própria carreira.

Se quiser continuar relevante, comece a agir como alguém insubstituível. Porque o tempo do “deixa que eu finjo que trabalho” acabou, e o robô, ao contrário de muitos humanos, não procrastina.



Fonte ==> Folha SP

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