Enquanto vemos um movimento preocupante de grandes empresas fechando suas áreas de diversidade e o CEO da Meta alterando as diretrizes de checagem de notícias em suas plataformas, em contraste tenho observado inúmeros eventos com enfoque em pautas femininas em 2025. Diante do cenário sombrio acentuado em 2024, ter essa quantidade de encontros voltados para mulheres nos dá um respiro positivo, mostrando que apesar das constantes tentativas de minar as pautas de grupos minorizados, ainda existem pessoas que, assim como eu, lutam diariamente para mudar a vida das mulheres.
Entre os eventos de grande importância que acontecerão ao longo deste ano, não posso deixar de citar a Comissão das Nações Unidas sobre o Status da Mulher (CSW69). Realizado entre os dias 10 a 21 de março, na sede da ONU em Nova York, o CSW69 reunirá representantes de governos, ONGs e outras partes interessadas para discutir e promover políticas voltadas à igualdade de gênero e ao empoderamento das mulheres. É com grande honra que estarei lá para entender e trazer para o Brasil os pontos mais relevantes para aplicar no trabalho feito pela Rede Mulher Empreendedora (RME).
Seguindo nos eventos pautados em mulheres, teremos também a 6° Ação Internacional da Marcha Mundial das Mulheres (MMM). Neste ano, o tema será “Marchamos contra as guerras e o capital, por soberanias populares e pelo bem viver” e apresentará um calendário de lutas distribuído ao longo de 2025. O marco inicial, porém, acontece no dia 18 de fevereiro, Dia da Mulher Saarauí, com abertura pautada pela solidariedade e resistência anticolonial.
Nos dias 3 e 4 de outubro, teremos a 14º edição do Festival RME, o maior evento de empreendedorismo do Brasil. Assim como nos anos anteriores, o encontro contará com nomes de peso do mercado com o principal objetivo de trazer e fomentar conhecimento para as mulheres empreendedoras. Acesse o site do evento para buscar mais informações.
Todas
Discussões, notícias e reflexões pensadas para mulheres
Será um ano desafiador para nós mulheres e outros grupos minorizados. Mas combater a desigualdade não é uma questão política, é uma questão humana, e por isso não vamos desistir de lutar por políticas públicas para as mulheres e meninas do Brasil e do mundo. Mais do que nunca, vamos juntas mudar o jogo na vida das mulheres.
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Fonte ==> Folha SP