Impasse com MG pode adiar anúncio de novo presidente do PT; divulgação estava prevista para esta segunda (7)

O anúncio do novo presidente nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), previsto para esta segunda-feira (7), pode ser adiado devido a uma indefinição nas eleições internas em Minas Gerais. Os filiados foram às urnas neste domingo (6), mas a votação terminou sem a definição oficial do novo presidente nacional da legenda. O motivo é o impasse no diretório estadual de Minas Gerais, que teve sua votação suspensa por decisão judicial, inviabilizando a conclusão do processo em nível nacional.

A suspensão ocorreu após a Justiça determinar a inclusão da deputada federal Dandara Tonantzin no Processo de Eleições Diretas (PED). Inicialmente, a candidatura da mineira havia sido barrada por inadimplência com o partido, mas a parlamentar conseguiu reverter a decisão judicialmente. No entanto, como as cédulas de votação já estavam impressas, o PT alegou não haver condições logísticas para reiniciar o pleito, optando pelo adiamento da eleição em Minas, sem nova data definida.

Minas Gerais é um dos estados com maior número de filiados no país e, por isso, a apuração nacional ficou comprometida. A votação nos demais estados ocorreu normalmente, mas a direção partidária considera que o resultado só poderá ser proclamado com a participação de todos os diretórios estaduais.

Diante do cenário indefinido, o Diretório Nacional do PT convocou uma reunião extraordinária para esta terça-feira (8), às 17h. O encontro pretende deliberar sobre os próximos passos, incluindo uma eventual nova data para o processo mineiro e os impactos no calendário nacional.

Além de Tonantzin, a disputa envolve Edinho Silva, ex-prefeito de Araraquara; Rui Falcão, ex-presidente do partido entre 2011 e 2017 e deputado federal por São Paulo; Valter Pomar, historiador e dirigente do PT, filiado ao partido desde os anos 80; e Romênio Pereira, sindicalista e um dos fundadores da sigla.

O senador Humberto Costa, presidente interino da sigla, criticou a judicialização. “As decisões são todas tomadas por maioria. Nesse caso, foi por uma maioria muito significativa do Diretório Nacional, e eu acho que foi um equívoco essa judicialização”, disse, em conversa com jornalistas na sede do PT.

Com o impasse, o PT segue sem previsão para oficializar sua nova liderança nacional.



Fonte ==> Brasil de Fato

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