Irã diz que não vai parar de enriquecer urânio

Irã diz que não vai parar de enriquecer urânio

O regime islâmico do Irã deixou claro nesta quarta-feira (21) que deve continuar seu programa de enriquecimento de urânio, mesmo em meio às negociações em andamento com os Estados Unidos sobre um possível novo acordo nuclear. A declaração foi feita pelo ministro das Relações Exteriores iraniano, Abbas Araghchi, que afirmou de maneira direta que “o enriquecimento de urânio no Irã continuará, com ou sem acordo (com os EUA)”, segundo veiculou uma emissora estatal iraniana.

As conversas entre Teerã e Washington, que contam com a mediação de Omã, ainda não produziram um consenso, enquanto os Estados Unidos mantêm a exigência de que o Irã abandone o enriquecimento de urânio, uma questão central que já causou impasses em acordos anteriores. O presidente Donald Trump e autoridades americanas reforçaram que não aceitam um programa nuclear iraniano ativo, uma exigência não cumprida pelo Irã no acordo firmado em 2015 com potências internacionais.

Abbas Araghchi ressaltou que Teerã está “atualmente revisando se vai participar da próxima rodada e quando vai participar” das negociações, indicando o clima de incerteza e desconfiança entre as partes. As declarações ocorrem após várias rodadas de reuniões técnicas e políticas, sem avanços concretos. O ministro iraniano disse que “nunca abandonamos a diplomacia. Sempre estaremos presentes na mesa de negociações, e a razão principal da nossa presença é defender os direitos do povo iraniano. Opondo-nos às demandas excessivas e à retórica na mesa”.

As expectativas de um acordo também foram minimizadas pelo líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, que disse na terça-feira (20) não esperar resultados positivos dos diálogos com os Estados Unidos. “Não acredito que as conversas nucleares com os Estados Unidos darão resultados. Não sei”, declarou Khamenei em discurso televisionado.

O objetivo principal das negociações é limitar o programa nuclear iraniano em troca do alívio de algumas das sanções econômicas impostas pelos EUA ao regime islâmico, restrições que têm pressionado fortemente a economia do país.



Fonte ==> Gazeta do Povo e Notícias ao Minuto

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