No Brasil, a reputação de um líder pode desmoronar antes mesmo dele perceber o que aconteceu.
E a causa muitas vezes não é a crise em si, mas a narrativa que se forma em torno dela.
Vivemos um tempo em que cada linha, cada entrevista e cada aparição pública molda a credibilidade de empresários, executivos e figuras públicas. Só que existe um termo que quase ninguém usa (e deveria): jornalismo de reputação.
Não é marketing.
Não é assessoria.
Não é propaganda.
É jornalismo, mas aquele que entende o impacto real de uma narrativa bem construída.
Jornalismo de Reputação não é bajulação, é responsabilidade social
Quando falamos em reputação, muita gente imagina “cuidar da imagem”.
Mas reputação não é cosmético.
É engenharia.
E o jornalismo tem papel central nessa engenharia.
Jornalismo de Reputação é a prática que foca em:
- apresentar líderes e empresas com profundidade;
- contextualizar suas trajetórias, erros e acertos;
- oferecer informações que ajudam o público a formar confiança;
- analisar o que está por trás das decisões de quem lidera.
Em outras palavras:
Se o jornalismo é o espelho da sociedade, o jornalismo de reputação é o espelho dos líderes, e ele nunca mente.
Quando praticado com responsabilidade, ele constrói pontes entre quem decide e quem é impactado pelas decisões.
Por que esse tema se tornou urgente no Brasil?
Porque nunca tivemos tantos:
- escândalos corporativos,
- cancelamentos instantâneos,
- crises geradas por redes sociais,
- líderes desconectados da opinião pública,
- empresas que subestimam a força da narrativa pública.
E, ao mesmo tempo, nunca tivemos tanta desinformação circulando com aparência de notícia.
O resultado?
A confiança virou o ativo mais escasso do mercado.
E o jornalismo — principalmente o especializado — se torna filtro, curadoria e referência.
O líder do futuro será analisado pelo que diz e pelo que não diz
As entrevistas profundas, os debates públicos, os programas de TV especializados e as matérias que vão além do release se tornaram instrumentos fundamentais de credibilidade.
No ecossistema empresarial brasileiro, isso nunca foi tão evidente.
Quando você conversa com um CEO diante das câmeras (e eu vejo isso no meu programa Poder & Negócios), duas coisas acontecem:
- Ele mostra quem é de verdade.
- O público decide se acredita.
E reputação é isso: a percepção do outro sobre você.
Não aquilo que você acha que é.
Por que o jornalismo de reputação especializado é mais necessário do que nunca
Portais de negócios, revistas como a CEO Magazine, programas como o Poder & Negócios e veículos como a PRNews cumprem a função de:
- contextualizar;
- aprofundar;
- traduzir temas complexos;
- filtrar ruído;
- dar visão crítica.
Ou seja, eles ajudam o país a compreender quem realmente lidera, e quem apenas ocupa um cargo.
O jornalismo de reputação serve como bússola.
E líderes que entendem essa lógica passam a atuar com mais consciência, responsabilidade e clareza.
Para onde estamos indo
O Jornalismo de Reputação será o grande fio condutor da minha pesquisa de mestrado, e também das próximas colunas.
Vou investigar como narrativas jornalísticas impactam:
- a credibilidade de líderes;
- a percepção pública;
- crises e oportunidades;
- o ambiente empresarial;
- a confiança do mercado.
Este é um tema urgente, atual e decisivo para o Brasil que está se formando agora.
E será o assunto recorrente dos próximos artigos.

Rodapé institucional:
Este artigo integra reflexões e achados da minha pesquisa de Mestrado em Jornalismo de Reputação, com foco no impacto do jornalismo de autoridade na credibilidade de líderes empresariais no Brasil. @tucco_oficial


