Na Alerj, projeto de lei propõe programa se saúde mental a esse público Os bonecos hiper-realistas, chamados de bebês reborn, estão dando o que falar. Para além das redes sociais, eles caíram nas graças (ou não) também de autoridades. Enquanto na capital fluminense a Câmara dos Vereadores aprovou projeto de lei que reconhece o Dia da Cegonha Reborn — como são chamadas as artesãs que fabricam esse brinquedo — no calendário oficial da cidade, em Campos dos Goytacazes, no Norte do estado, a prefeitura está fazendo uma campanha para pais de bebês reborn. Mas, em tom de brincadeira, a conta oficial no Instagram da maior cidade do interior do Rio chama esse público para receber atendimento mental.
Bebês reborn no calendário: vereadores aprovam projeto para criar Dia da Cegonha Reborn no Rio
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“Não critique quem tem um bebê reborn! Leve no CAPS (Centros de Atenção Psicossocial)!”, diz parte de campanha em cartazes divulgados no Instagram. “Se você dá banho, passa talco e canta parabéns pro seu bebê reborn… parabéns! Você já está qualificado para o nosso Programa de Saúde Mental”, explica a legenda da publicação, feita na última quinta-feira.
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Entre os parlamentares, a onda reborn — que tem famosos como Gracyanne Barbosa e Nicole Bahls entre as “mães” de bonecos realistas — fez o vereador Vitor Hugo (MDB), autor do projeto que cria o Dia da Cegonha Reborn no Rio, contar em entrevista ao EXTRA no último dia 7, que sua proposta gerou repercussão grande.
— As pessoas estão colocando como chacota. É porque não conhecem o quanto isso é importante para elas. O que vai influenciar na vida das pessoas? Não é feriado nem nada disso. É um dia para homenagear essas mulheres que passaram por tantos problemas e estão ajudando outras pessoas — declarou o parlamentar na ocasião.
Já na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), o deputado estadual Rodrigo Amorim (PL) propõe um programa de saúde mental para quem se considere pai ou mãe de bebês reborn.
Está previsto, de acordo com o texto do projeto, o “acolhimento de pessoas que se consideram pais e mães de bebês reborn, com orientações e informações específicas dos perigos de se utilizar os bonecos reborn como uma fuga da realidade, com dependência afetiva do objeto, bem como o acompanhamento integral para conscientização, aceitação e orientação para buscar atendimento especializado”. Entre os objetivos da proposta está ainda a “prevenção e acompanhamento de saúde mental de pessoas que se consideram pais e mães” dessas bonecas hiper-realistas, “que já manifestem transtornos de ordem psíquica que possa levá-los a um estado de depressão ou suicídio”.
Fonte ==> Folha SP e Globo
