No Brasil e nos Estados Unidos, essa tendência é visível nas academias especializadas, no aumento da procura por treinamentos personalizados e na valorização de profissionais que unem conhecimento técnico a experiência prática.
O setor de fitness de alta performance vive uma fase de expansão global impulsionada pela combinação de tecnologia, ciência do esporte e demanda crescente por resultados duradouros. Relatório da Allied Market Research projeta que o mercado global de fitness movimentará mais de US$ 434 bilhões até 2028, com um crescimento anual médio de 7,2%. O avanço é sustentado por uma mudança no perfil do consumidor, que busca não apenas estética, mas saúde integral e performance de longo prazo.
No Brasil e nos Estados Unidos, essa tendência é visível nas academias especializadas, no aumento da procura por treinamentos personalizados e na valorização de profissionais que unem conhecimento técnico a experiência prática. Dados da International Health, Racquet & Sportsclub Association (IHRSA) indicam que programas de treinamento que integram ciência, nutrição e acompanhamento contínuo registram taxas de retenção de clientes até 40% maiores do que métodos convencionais.
Para Jessyka Fernanda dos Santos, biomédica, personal trainer e coach de nutrição certificada pela National Academy of Sports Medicine (NASM), essa mudança é reflexo de uma maturidade no mercado.
“Hoje, o aluno — seja iniciante ou atleta de elite — quer entender o porquê de cada treino e como ele se conecta com sua saúde a longo prazo. Isso exige que o profissional esteja atualizado com pesquisas e técnicas baseadas em evidências”, afirma.
Jessyka, que já preparou atletas com títulos em federações como IFBB e NABBA e atua como embaixadora do Instituto Ambrosius International Fitness & Wellness, destaca que a ciência é um diferencial competitivo. Ela explica que a aplicação de avaliações biométricas, ajustes individualizados e estratégias nutricionais personalizadas permite ganhos de performance mais rápidos e seguros.
A busca por resultados sustentáveis também transformou o modelo de negócios no setor. Academias e estúdios de alta performance estão investindo em equipamentos de última geração, plataformas de acompanhamento online e equipes multidisciplinares que unem treinadores, nutricionistas e fisioterapeutas. De acordo com a Research and Markets, esse modelo híbrido — presencial e digital — já responde por 35% do crescimento recente no segmento.
Jessyka acredita que o futuro do mercado estará cada vez mais ligado à integração entre ciência e experiência do usuário. “Não se trata mais de treinar por treinar. É sobre construir um programa que respeite o corpo, maximize resultados e transforme vidas. Quem entender isso, seja como profissional ou como empresa, vai liderar o setor”, conclui.
