24 de abril de 2025

Mpox: SP confirma primeiro caso brasileiro de nova cepa responsável por surto na África


Primeiro registro de clado 1b é de moradora da Região Metropolitana de 29 anos; ela passa bem e diretor do Emilio Ribas fala que caso é investigado, mas que momento não é de ‘preocupação’ O estado de São Paulo confirmou o primeiro caso da nova cepa da Mpox, chamada clado 1b, no país. O quadro é de uma mulher de 29 anos residente da Região Metropolitana de São Paulo que tem boa evolução, passa bem, e deve ter alta na semana que vem.
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Ela não viajou para outras regiões onde há surto da infecção, contudo, teria recebido pessoas do Congo, seu país de origem, recentemente. Ainda não é possível, porém, cravar o caminho exato que a infecção fez até chegar no país, o que é investigado pelo serviço de vigilância.
De acordo com o diretor do Instituto de Infectologia Emilio Ribas, Luiz Carlos Pereira Júnior, o exame da paciente já foi avaliado e teve a confirmação de que trata-se de uma infecção motivada pela cepa que causou um surto de longa duração no Congo e se espraiou para países vizinhos. O momento, ressalta o especialista, não é de pânico, pois trata-se de uma doença de baixa letalidade e sem indicativo de alta transmissão no país.
— Podemos passar o recado de que esse não é um momento de preocupação. Em diversos países houve a vigilância de contactantes (dos primeiros casos) e o bloqueio da doença. Por isso que fora do Congo, onde sua prevalência é maior, o clado 1b não se estabeleceu. Nossa vigilância é muito experiente — afirmou.
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A paciente em questão chegou a procurar outro serviço de saúde paulista e teve alta sob a orientação, diz Luiz Carlos Pereira Junior, de praticar o isolamento indicado pela doença, de três semanas. Seu quadro de lesões, porém, causava desconforto e, por isso, ela foi encaminhada ao Instituto Emílio Ribas. O especialista, porém, diz que seu comportamento fora dos serviços de saúde não inspira preocupação em relação à disseminação da doença. Que, em geral, requer contato íntimo com a pessoa infectada, o que incluí as lesões causadas pela doença ou compartilhamento de roupas de cama.
O especialista ressalta que em caso de sintomas compatíveis com a doença (como dor no corpo, febre e lesões: veja mais abaixo) é indicado procurar uma Unidade Básica de Saúde para testagem e tratamento.
O Brasil lida cotidianamente com a Mpox desde 2022, quando os primeiros registros foram confirmados. A cepa que circula no país, contudo, é o clado 2. No estado de São Paulo, em 2024, por exemplo, foram identificados 1126 casos sem nenhuma morte.
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Quais os sintomas da mpox?
Sintomas iniciais comuns da mpox envolvem febre, dores musculares, cansaço e linfonodos inchados. Uma característica comum da doença é o aparecimento de erupções na pele (lesões), como bolhas, que geralmente começam no rosto e se espalham para o resto do corpo, principalmente as mãos e os pés, mas também podem surgir nas genitálias.
Os sintomas aparecem entre 6 e 13 dias após a contaminação, mas podem levar até três semanas da exposição para se manifestarem. Geralmente, quando a doença é leve, e os sintomas desaparecem sozinhos dentro de duas a três semanas.
Como a mpox é transmitida?
Segundo a OMS, a mpox pode ser transmitida aos seres humanos por meio do contato físico com alguém que esteja transmitindo o vírus, com materiais contaminados ou com animais infectados. No entanto, uma das vantagens evolutivas que fez o vírus se disseminar globalmente de forma inédita em 2022 foi a disseminação via relações sexuais.
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Agora, as evidências apontam que o Clado 1 também conseguiu se propagar pelo sexo. Em uma avaliação do surto, de junho, a OMS disse que a “transmissão comunitária sustentada (…) impulsionada pela transmissão sexual e outras formas de contato físico próximo” fazem o risco ser alto na República Democrática do Congo.



Fonte ==> Folha SP e Globo

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