Na era em que a economia criativa é vista como um dos vetores mais promissores de crescimento sustentável, acredito profundamente que o Brasil tem credenciais únicas para assumir protagonismo global. Nossa diversidade cultural, o potencial de inovação e a capilaridade territorial formam um tripé difícil de encontrar em outros países.
Eu vivo isso todos os dias à frente da Feira Bosque da Paz, em Mato Grosso do Sul, onde transformamos a economia criativa em política prática. Ao lançar a Rota da Paz, um projeto que conecta empreendedores locais a redes internacionais, demos um passo além: articulamos comunidades de base com agendas globais de inovação, sustentabilidade e inclusão.
Essa iniciativa nasceu do desejo de conectar a capital a parte da região noroeste do estado, criando uma ponte entre empreendedores regionais e ecossistemas de negócios com alcance latino-americano e europeu. Hoje, recebemos empreendedores incentivados pelo Instituto ICAS, que atua na preservação de espécies como o tatu-canastra e o tamanduá-bandeira — e isso nos mostra como é possível unir conservação ambiental, geração de renda e desenvolvimento humano em um mesmo movimento.
A Rota da Paz projeta o Mato Grosso do Sul em ecossistemas internacionais, conectando nossa produção criativa a redes de investimento, inovação e sustentabilidade. É um modelo escalável que, acredito, pode reposicionar o Brasil como referência global em economia criativa.
Mas nossa proposta vai além da vitrine cultural. Trata-se de uma plataforma de negócios que aproxima empreendedores independentes de associações, universidades, aceleradoras e grupos internacionais, incluindo Câmaras de Comércio de países parceiros do Brasil, além de redes como Amigos da América Latina e Amigos da Europa.
Acredito que o futuro da economia criativa depende exatamente disso: da nossa capacidade de unir propósito, inovação e afeto. O Brasil pode — e deve — liderar esse movimento. Temos talento, temos território e, acima de tudo, temos alma.
				
											
