19 de abril de 2025

O futebol desfila na Champions – 05/03/2025 – Juca Kfouri

A imagem mostra um estádio de futebol lotado durante uma partida da UEFA Champions League. No placar eletrônico, o resultado é 1-7, indicando a vitória de uma das equipes. Jogadores estão em campo, com um deles em posse da bola, enquanto os torcedores nas arquibancadas estão visivelmente animados.

Na Champions league até as decepções são uma festa.

Como aconteceu para quem esperava grande jogo entre PSV e Arsenal e acabou vendo o massacre inglês na Holanda, impiedosos 7 a 1, daqueles de despertar as piores lembranças. Só não diga isso no norte de Londres, nem para o vizinho Sandro Macedo, nem para José Trajano, que se divertiram a valer.

Como nos divertimos todos os loucos por futebol com o Dérbi de Madri, 2 a 1 para os merengues, clássico de três golaços marcados pelo brasileiro Rodrygo, pelo argentino Julián Alvarez e pelo espanhol/marroquino Brahim Díaz, além de exibição de gala do uruguaio Valverde.

Depois do Oscar que Fernanda Torres pôs no bolso e não levou, e que Walter Salles ganhou de letra ao reunir mais de cinco milhões de pessoas para ver “Ainda estou aqui“, nem a exuberância do Carnaval neste verão infernal supera a magia do futebol.

Até porque o Oscar exacerba nosso vira-latismo, como se as Fernandas precisassem das estatuetas para ser o que são, embora o prêmio amplie a quantidade de gente pelo mundo afora que passará a conhecer a história de Eunice Paiva e do horror da ditadura brasileira.

Parodiando Fernando Calazans sobre Zico e a Copa do Mundo, proclame-se: As Fernandas não ganharam o Oscar? Azar do Oscar!

E ainda faltava a quarta-feira, de Cinzas para os foliões, de Luzes para os torcedores do valoroso esporte bretão.

Dura era a escolha do que ver: Benfica x Barcelona, Bayern Munique x Bayer Leverkusen e PSG x Liverpool.

Dois jogos dá para ver ao mesmo tempo. Quem tenta ver três simultaneamente acaba por não ver nenhum.

Como a lambança do 7 a 1 acabava de ser reavivada, aqui abriu-se mão do encontro germânico, porque a Catalunha e os Beatles têm preferência sempre, principalmente quando Pep Guardiola está fora de combate.

Os gols escassearam

O 1 a 0 em Paris deve ser creditado a Alisson, com cinco enormes defesas para neutralizar o domínio do PSG. E o Barça, vítima de amasso parecido dado pelo Benfica, aproveitou-se de um erro luso para que o iluminado Raphinha desse o triunfo por 1 a 0.

Aqui é Currynthians!

Que a rara leitora e o raro leitor desculpem, mas Stephen Curry anda passando de todos os limites e despertando as mais irracionais manifestações de júbilo.

Na noite da terça-feira (4), ele voltou ao Madison Square Garden, em Nova York, para lá se exibir pela 14ª vez.

E de lá saiu para São Francisco com sua 13ª vitória, ao comandar a reação do Golden State Warriors contra o New York Knicks em terceiro quarto espetacular e triunfo por 114 a 102, com 28 pontos dele, nove assistências, sete rebotes e cinco arremessos de três pontos.

Na única derrota sofrida no santuário do basquete, em 2013, Curry converteu 54 pontos, só dois a menos que os feitos na noite de 27 fevereiro último, contra o Orlando Magic, na vitória por 121 a 115, quando fez, quase aos 37 anos, 12 bolas de três pontos.

Aí o currynthiano pira.



Fonte ==> Folha SP

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