O papa Francisco morreu por insuficiência cardíaca e acidente vascular cerebral (AVC), conforme anúncio do Vaticano feito na tarde desta segunda-feira (21). De acordo com a certidão de óbito, o pontífice teve um AVC, entrou em coma e sofreu um colapso cardíaco irreversível às 7h35, no horário de Roma, e às 2h35, no horário de Brasília.
O AVC, popularmente conhecido como derrame, ocorre quando o fluxo de sangue para uma parte do cérebro é interrompido, seja por obstrução (AVC isquêmico) ou rompimento de um vaso sanguíneo (AVC hemorrágico). Essa interrupção impede que oxigênio e nutrientes cheguem às células cerebrais, o que pode levar à morte dessas células em minutos.
O quadro foi agravado por pneumonia bilateral, bronquiectasias múltiplas, hipertensão e diabetes tipo 2, e a morte foi confirmada por um exame de eletrocardiograma, de acordo com o atestado assinado pelo diretor do Departamento de Saúde e Higiene da Cidade do Vaticano, Andrea Arcangeli.
Em novembro de 2023, o papa precisou se afastar de suas atividades devido a uma gripe e inflamação pulmonar. No início de 2024, voltou a apresentar dificuldades respiratórias e precisou interromper um discurso no Vaticano, relatando estar com “um pouco de bronquite”.
A condição respiratória do pontífice piorou em fevereiro deste ano, quando novamente não conseguiu concluir um discurso e precisou ser auxiliado por um assistente durante uma missa. Poucos dias depois, foi internado para uma cirurgia considerada “complexa” pelo Vaticano. Francisco recebeu alta em 23 de março, após 37 dias hospitalizado em Roma por conta de um quadro respiratório grave.
O papa faleceu no apartamento em que morava, na Casa de Santa Marta, no Vaticano, onde viveu desde sua eleição, em 2013. Seu funeral começará na Basílica de São Pedro e terminará com uma missa de corpo presente na praça de São Pedro. Depois, seu corpo será sepultado na Basílica de Santa Maria Maggiore, em Roma, quebrando a tradição de um enterro em São Pedro, onde estão os corpos de 91 pontífices.
Jorge Mario Bergoglio nasceu em Buenos Aires, na Argentina, em 17 de dezembro de 1936. Tornou-se arcebispo de Buenos Aires em 28 de fevereiro de 1998 e foi elevado ao cardinalato em 21 de fevereiro de 2001 – véspera da festa da Cátedra de São Pedro – com o título de cardeal-presbítero de São Roberto Belarmino, por São João Paulo II.
Ele foi eleito papa em 13 de março de 2013, contra a sua vontade – como ele mesmo admitiu depois – para substituir Bento 16. Bergoglio escolheu o nome Francisco, numa referência a São Francisco de Assis, com o qual orientou a igreja Católica durante o seu papado que encerrou nesta segunda-feira (21).
Fonte ==> Brasil de Fato