20 de abril de 2025

Por que o Exército quer um orçamento mais ‘previsível’, segundo chefe do Estado-Maior

Por que o Exército quer um orçamento mais 'previsível', segundo chefe do Estado-Maior

O chefe do Estado-Maior do Exército, general Richard Nunes, afirmou que a Força precisa de recursos, mas também de “previsibilidade orçamentária”. Entre as necessidades, de acordo com ele, estão renovar a força blindada e desenvolver drones mais complexos.

Ele defendeu a aprovação da PEC 55/2023, segundo a qual o governo federal deve partir de 1,2% do Produto Interno Bruto para o orçamento de Defesa e, a cada ano, aumentar em pelo menos 0,1% o repasse à Defesa Nacional, até atingir o índice mínimo de 2%.

A proposta, apoiada pelo ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, está em tramitação no Senado, sob a relatoria de Randolfe Rodrigues (PT-AP), líder do governo no Congresso Nacional.

Nunes também entende que está no rol de necessidades evoluir na aviação do Exército — helicópteros têm, segundo ele, “um efeito não só em termos de conflito, mas também de dualidade”. As declarações foram concedidas em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo publicada neste domingo 20.

O general avalia que o desenvolvimento de drones expressa a importância de conquistar a previsibilidade orçamentária. “Quando a gente projeta algo nessa natureza, a gente precisa ter uma ideia sobre quanto dinheiro vou ter no ano que vem e no outro.”

Exército “patriota”

O comandante do Exército, general Tomás Ribeiro Paiva, defendeu na última quarta-feira 16 o compromisso com a disciplina, o patriotismo, a hierarquia e o “espírito de servir”. As declarações foram proferidas na cerimônia do Dia do Exército, no quartel-general da força, em Brasília.

“Nossa fortaleza, como instituição de Estado integralmente devotada à missão constitucional, decorre da imparcialidade e do profissionalismo que sempre devem caracterizar nossas ações”, afirmou.

Marcaram presença na agenda, entre outros, o presidente Lula (PT); o presidente do Congresso, senador Davi Alcolumbre (União-AP); José Múcio Monteiro; o ministro do Gabinete de Segurança Institucional, Marcos Antônio Amaro dos Santos; e o chanceler Mauro Vieira.

Generais que integraram o governo de Jair Bolsonaro (PL) também assistiram ao evento, como o ex-ministro Fernando Azevedo e Silva e o ex-vice-presidente Hamilton Mourão, atualmente senador pelo Republicanos do Rio Grande do Sul.

Em um pedido indireto por mais recursos, Paiva afirmou que “os investimentos em defesa vêm crescendo exponencialmente em todas as regiões do globo, uma realidade que sugere ao nosso País atenção redobrada em relação à proteção dos brasileiros e dos ativos consagrados pela Constituição”.

“A defesa nacional precisa estar preparada para enfrentar ameaças híbridas, difusas e multidimensionais, que não se manifestam claramente como os conflitos convencionais do passado”, acrescentou.

A cerimônia do Dia do Exército ocorreu menos de um mês após o Supremo Tribunal Federal tornar réus os primeiros militares no inquérito que apura a tentativa de golpe de Estado em 2022.

Além de Bolsonaro, entre integrantes das Forças Armadas responderão a uma ação penal na Corte o ex-comandante da Marinha Almir Garnier, o ex-ajudante de ordens da Presidência Mauro Cid e os ex-ministros Augusto Heleno, Paulo Sérgio Nogueira e Walter Braga Netto. Ao longo das próximas semanas, mais fardados tendem a se tornar réus na Corte.



Fonte ==> Casa Branca

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