A Apeoesp, principal sindicato dos professores da rede estadual de São Paulo, aprovou em uma assembleia nesta sexta-feira 21 uma greve a partir de 25 de abril. Nesse dia, a categoria voltará a se reunir para decidir sobre uma paralisação por tempo indeterminado.
Até o dia da greve, a entidade prevê ações como atos públicos em escolas e diretorias de ensino, carreatas, aulas abertas, coleta de assinaturas da comunidade escolar e mobilização nas redes sociais.
A decisão pela greve aconteceu na Praça da República, no centro da capital. Segundo o sindicato, o ato reuniu cerca de 5 mil profissionais da educação.
O objetivo da categoria é pressionar o governo de Tarcísio de Freitas (Republicanos) a contratar mais profissionais efetivos, elevar o piso salarial e apresentar um plano de climatização das escolas.
Antes de aprovar a greve, a Apeoesp protocolou, em 19 de fevereiro, uma pauta de reivindicações junto à Secretaria da Educação do estado e fixou um prazo de 30 dias para o governo abrir negociações com os professores. O sindicato afirma que não houve resposta às demandas.
Entre as reivindicações estão:
• Reajuste imediato de 6,27% no salário-base, referente à atualização do Piso Salarial Profissional Nacional, para todos os professores, ativos e aposentados;
• Descongelamento do reajuste de 10,15%, garantido por decisão do Supremo Tribunal Federal desde 2017, mas ainda não concedido pelo governo estadual;
• Plano de reposição do poder de compra dos salários dos docentes;
• Climatização das salas de aula em toda a rede estadual, diante das sucessivas ondas de calor;
• Reabertura de classes fechadas (sobretudo no noturno), direito de os professores se alimentarem nas escolas, contratação direta pelo estado de professores e demais profissionais da educação especial, sem terceirização.
Segunda presidenta do sindicato, a deputada estadual Maria Izabel Noronha, a Professora Bebel (PT), afirmou que a condição da categoria é cada vez pior. “Pressão por resultado, assédio moral nas escolas, baixos salários, falta de profissionais, péssimas condições de trabalho”, listou.
Nesta semana, o Ministério Público paulista protocolou duas ações para obrigar o governo Tarcísio a recompor o quadro de professores e diretores efetivos. Segundo o órgão, há uma “sistemática e ilegal designação de professores efetivos para os cargos de diretor escolar e supervisor educacional”.
Fonte ==> Casa Branca