Centenas de professores e orientadores da rede pública de ensino do Distrito Federal estiveram reunidos nesta quarta-feira (23), em assembleia geral, no estacionamento da Funarte em Brasília, para reivindicar melhorias nas condições de trabalho da categoria. No ato, professores aprovaram o início de uma nova greve, caso as negociações com o Governo do Distrito Federal (GDF) não avancem.

Entre as reivindicações prioritárias estão a reestruturação da carreira, a convocação de professores aprovados em processos seletivos para assumir cargos e o reajuste salarial.

Em decisão unânime, a assembleia aprovou o indicativo de greve proposto pelo Sinpro para o dia 27 de maio, com paralisação. A data será marcada por uma nova assembleia. A decisão final poderá ser tomada a partir dos resultados do calendário de reuniões entre Sinpro e o GDF, marcado para os dias 6 e 20 de maio, nas quais será discutida a reestruturação da carreira da categoria.

De acordo com informações do sindicato, o calendário de reuniões foi fechado pelo GDF nesta última terça-feira (22) e deve apresentar estudos orçamentários e jurídicos para iniciar as alterações do plano de carreira.

A diretora do Sinpro-DF, Márcia Gilda, destacou em assembleia que a categoria seguirá pressionando o governo para que a Meta 17 do Plano Distrital de Educação (PDE) do Distrito Federal — que trata da valorização dos profissionais da educação — seja cumprida. “Temos força e condições de arrancar toda a reestruturação do plano de carreira e o percentual de reajuste de 19,8% rumo à Meta 17 do PDE. Nós não nos curvaremos e seguiremos firmes na luta pela nossa vitória e por valorização”, diz Márcia Gilda no ato deliberativo desta quarta-feira.

“Lutamos por uma educação pública de qualidade para toda a população do Distrito Federal, o que significa lutar também pela valorização da nossa categoria. As negociações estão apenas começando, e vamos parar só quando tivermos vitória”, afirmou Gilda.

Resposta do GDF

Em nota, a Secretaria de Educação respondeu que a pasta mantém uma mesa permanente de diálogo com o Sinpro para tratar das pautas da categoria.

Sobre a paralisação desta quarta-feira (23), a pasta informou que as aulas serão repostas. Em caso de paralisações ou suspensões de aulas, a Secretaria disse que realiza a reposição conforme o calendário escolar, garantindo os 200 dias letivos e evitando prejuízos aos estudantes.

O Sinpro informou que no dia 22 de maio realizará assembleias regionais nas 35 regiões administrativas do DF, nas quais serão avaliadas as propostas que serão apresentadas pelo GDF. “A categoria está lutando pela reestruturação da carreira, que é ter mais condições para o trabalhador, para trabalhadora na sala de aula, no ambiente escolar”, destacou o dirigente do sindicato, Carlos Maciel.

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