18 de agosto de 2025

Towa and the Guardians of the Sacred Tree mistura Hades com coop: Preview

Towa and the Guardians of the Sacred Tree mistura Hades com coop: Preview

Entre mundos místicos, maldições ancestrais e um vilão implacável chamado Magatsu, Towa and the Guardians of the Sacred Tree chega como uma das apostas mais curiosas da Bandai Namco para os fãs de roguelite. Desenvolvido pela Brownies Inc., o jogo promete misturar ação rápida e exploração isométrica que consagrou jogos como Hades, mas com um tempero especial extra: o suporte para gameplay cooperativo.

Com direção criativa de Daisuke Nagaoka e trilha assinada por Hitoshi Sakimoto, o game traz belas paisagens pintadas à mão, personagens carismáticos e um sistema de progressão marcado por vínculos com personagens e evolução da vila central. No clima de Gamescom, a Bandai Namco me convidou para um teste limitado do game, que já permitiu conferir um pouco do potencial (e das limitações) do projeto.

Narrativa e personagens

A base da trama coloca o jogador na pele de Towa, sacerdotisa da Vila Shinju, que precisa unir forças com oito guardiões para enfrentar a ameaça crescente de Magatsu e seus servos. Cada personagem vem com seu próprio arco narrativo e estilo de luta, mas também com traços bem definidos de personalidade que ajudam a criar uma conexão narrativa.

O jogo mistura humor, drama e toques de misticismo, entregando um elenco variado que deve se desenvolver conforme a jornada avança. Entre os guardiões revelados até agora, chamam atenção figuras como Rekka, uma espadachim impetuosa que esconde trapalhadas atrás de sua maestria com a lâmina, e Nishiki, uma carpa humanoide piedosa que, ironicamente, não sabe nadar. 

Durante as incursões do gameplay, os diálogos entre personagens acabam acontecendo entre momentos de descanso, garantindo pílulas de história em meio à ação. É uma fórmula que pode agradar fãs de jogos como Hades, mas com uma temática voltada para cultura asiática — e que não se importam com a falta de legendas em português brasileiro.

Visual chama a atenção

Visualmente, Towa and the Guardians of the Sacred Tree também rouba a atenção. O jogo aposta em um estilo desenhado à mão que mistura delicadeza com intensidade, fazendo com que muitos momentos da narrativa pareçam um quadro. 

O mesmo também vale para o ambiente isomético: as terras corrompidas por Magatsu contrastam com a beleza natural dos arredores, criando cenários vibrantes, repletos de monstros com um estilo bem característico. Essa dualidade entre o belo e o ameaçador é uma das marcas da direção de arte.

A própria Vila Shinju também é um destaque à parte: colorida, cheia de detalhes e habitada por personagens excêntricos que dão vida ao espaço. Aliada à trilha de Sakimoto, a estética garante uma ambientação memorável e com bastante personalidade, o que pode chamar a atenção dos fãs do gênero roguelite.

Gameplay cooperativo é interessante, mas pode decepcionar

Quando o assunto é jogabilidade, Towa and the Guardians of the Sacred Tree se destaca por trazer uma jogabilidade simples, mas que evolui e pode se tornar viciante. O sistema de combate é baseado em duplas de guardiões, com um empunhando a espada sagrada Tsurugi e o outro o cajado Kagura. 

A fórmula abre espaço para diferentes combinações e estilos de jogo, já que cada guardião tem habilidades próprias que podem ser aprimoradas no decorrer do gameplay. É um formato que lembra misturas de roguelite clássico com RPGs de ação cooperativa, ainda que aqui o controle seja sempre do jogador sozinho.

Além da batalha, o loop de gameplay envolve progressão fora das incursões. A vila Shinju funciona como um hub central, onde é possível treinar, forjar armas, invocar poderes e fortalecer vínculos com os NPCs locais. Esse ciclo entre ação e desenvolvimento promete dar longevidade ao jogo, já que as runs afetam diretamente a evolução do vilarejo e as histórias dos personagens. 

Cada retorno traz novos diálogos, upgrades e até mudanças visuais na aldeia, reforçando a sensação de crescimento dentro do universo. E o nível de desafio é bem estimulante, com chefes desafiadores e inimigos que entregam um nível de dificuldade na medida certa.

A minha única decepção ficou para a implementação da parte cooperativa do gameplay. Jogando sozinho, o sistema de controle dos dois personagens funciona direitinho, com o jogador tendo que gerenciar ataque e defesa simultaneamente.

No entanto, quando o coop está ativado, o game simplesmente divide os papéis ofensivos e de suporte. Enquanto a pancadaria ainda segue divertida, o jogador no papel de “cajado” eventualmente pode se cansar, já que o gameplay inicial não conta com muitas habilidades engajantes — o ciclo basicamente vira usar duas skills, fugir dos inimigos e esperar elas carregarem novamente.

No fim das contas, o coop acaba parecendo um simples complemento que algo capaz de fazer a diferença a ponto de se tornar um grande diferencial para o jogo. Ainda assim, a solução pode ser uma boa porta de entrada para quem sempre quis dividir um roguelite no estilo de Hades com um cônjuge que não joga com frequência, por exemplo.

Vale a pena?

Com versões para PS5, Xbox Series S/X, PC e Switch, Towa and the Guardians of the Sacred Tree chega em 18 de setembro com valores partindo de R$ 137,50, o que é um preço interessante para o pacote entregue no game, pelo menos durante o nosso preview. A ausência de legendas em português e o coop deixam a desejar, mas o projeto definitivamente é promissor e merece entrar no radar dos fãs de roguelites.

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Fonte ==> TecMundo

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