15 de julho de 2025

Trabalha para os EUA como PJ? Entenda se as novas tarifas podem afetar seu contrato – CartaCapital

Trabalha para os EUA como PJ? Entenda se as novas tarifas podem afetar seu contrato – CartaCapital

A decisão dos Estados Unidos de elevar tarifas de importação sobre produtos brasileiros, em alguns casos para até 50%, causou apreensão entre profissionais que prestam serviços como pessoa jurídica para companhias americanas.

O novo pacote de tarifas anunciado pelo governo norte-americano não inclui a exportação de serviços digitais. Portanto, brasileiros que trabalham remotamente a partir do Brasil, em regra, não são afetados diretamente.

No entanto, há riscos indiretos. Segundo Eduardo Garay, CEO da TechFX — empresa especializada em câmbio para quem recebe pagamentos do exterior —, companhias americanas que operam no Brasil ou importam insumos brasileiros podem reavaliar seus contratos. “Se o custo de operação aumentar, é possível que as empresas passem a revisar orçamentos e contratos com prestadores de serviço”, afirma.

Dólar mais alto favorece quem recebe do exterior

Após o anúncio das tarifas, o dólar subiu. Para quem recebe em moeda estrangeira, isso pode gerar um ganho temporário.

Mesmo assim, é necessário cautela. A cotação da moeda tem variado bastante, o que afeta diretamente o valor recebido em reais. “Num mesmo dia, a oscilação entre o melhor e o pior momento de conversão pode superar R$ 0,10 por dólar. Em uma transferência de US$ 5.000, isso representa uma diferença de até R$ 500”, diz Garay.

Por isso, o executivo recomenda atenção redobrada ao câmbio.

Planejamento financeiro reduz impactos

Com as tarifas já em vigor, o CEO da TechFX sugere medidas para quem trabalha como PJ com clientes fora do Brasil.

Primeiro, é importante conversar com a empresa contratante. A ideia é entender se haverá mudança no contrato ou nos pagamentos.

Depois, vale acompanhar a variação cambial com frequência. Plataformas de câmbio digital permitem escolher o melhor momento para realizar a conversão do valor.

Além disso, Garay orienta incluir cláusulas contratuais que protejam contra oscilações cambiais ou alterações drásticas no cenário comercial.

Por fim, acompanhar de perto os desdobramentos diplomáticos entre Brasil e Estados Unidos pode ajudar a antecipar mudanças que impactem contratos ou pagamentos.



Fonte ==> Casa Branca

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