Desempenho do varejo mostra segunda alta seguida
O índice ampliado do varejo brasileiro subiu 1,2% em março, na comparação com fevereiro.
Os dados são do IGet, indicador do Santander feito em parceria com a Getnet, que acompanha o setor.
Esse foi o segundo mês seguido de alta no índice.
Além disso, na comparação com o mesmo período do ano anterior, o crescimento foi de 3,4%.
Por outro lado, o índice restrito apresentou recuo de 0,3% no mês.
Ainda assim, o resultado geral aponta continuidade na recuperação do comércio varejista.
Setores com maior alta no mês
Embora o índice restrito tenha registrado queda, a maioria dos setores teve desempenho positivo.
Somente combustíveis e bens de consumo pessoal caíram, com variações de -2,2% e -2,4%, respectivamente.
Por outro lado, móveis e eletrodomésticos tiveram alta de 3,4%.
Além disso, artigos farmacêuticos cresceram 1,6% no período.
No índice ampliado, o resultado também foi positivo para automóveis, partes e peças, com avanço de 2,5%.
Materiais de construção subiram 2,6%, reforçando a tendência de alta em março.
IGet Serviços mostra nova queda
Em sentido oposto ao varejo, o IGet Serviços caiu 2,8% em março, na comparação com fevereiro.
No acumulado de 12 meses, a retração foi de 5,1%.
Segundo o relatório, a diferença no calendário do Carnaval, que ocorreu integralmente em março, impactou os resultados.
Com isso, o setor de serviços completou o primeiro trimestre de 2025 com três quedas seguidas na base interanual.
Desde setembro de 2024, não há variações positivas nessa métrica, segundo o indicador.
Movimento é desigual entre os segmentos
Apesar da retração geral, o segmento de alojamento e alimentação teve alta de 2,5% em março.
Esse foi o primeiro resultado positivo do ano para o setor.
Por outro lado, o grupo de “outros serviços” caiu 2,1%, interrompendo a sequência de altas iniciada em janeiro.
Ainda que os dados estejam mistos, o avanço de hospedagem e alimentação traz alguma estabilidade.
O segmento tem maior aderência aos dados oficiais, o que ajuda a calibrar as leituras de curto prazo.
Cenário futuro ainda é incerto
De acordo com Gabriel Couto, economista do Santander, as projeções para o varejo seguem indefinidas.
“Seguimos avaliando que a política monetária restritiva deve impactar a atividade econômica no futuro”, afirma.
No entanto, ele avalia que o mercado de trabalho aquecido pode evitar uma desaceleração forte e repentina.
Segundo Couto, medidas como a nova linha de crédito consignado para trabalhadores do setor privado devem sustentar o consumo.
Fonte ==> Casa Branca