A ditadura da Venezuela anunciou nesta segunda-feira (19) que prendeu 38 pessoas e acusou a Colômbia e o Equador de estarem por trás de um plano para tentar “sabotar” as eleições regionais e legislativas que serão realizadas no domingo (25).
Segundo informações do site Efecto Cocuyo, o ministro do Interior, Justiça e Paz da Venezuela, Diosdado Cabello, considerado o número 2 do chavismo, disse em entrevista coletiva que 21 venezuelanos e 17 estrangeiros foram presos.
Nesse grupo, haveria especialistas em explosivos, mercenários e coiotes que teriam entrado na Venezuela pela fronteira com a Colômbia e em voos de outros países.
O ministro disse que eles pretendiam atacar embaixadas, comandos policiais, os transportes públicos, postos de gasolina e subestações elétricas, além de membros do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), legenda da ditadura chavista, e candidatos da oposição.
“Todos os voos da Colômbia para a Venezuela estão suspensos imediatamente”, disse Cabello, que não deu prazo para o fim da medida.
Na coletiva, Cabello acusou a líder oposicionista María Corina Machado, o ex-preso político Iván Simonovis e o ex-oficial da Guarda Nacional Bolivariana (GNB) Arturo José Gómez Morán de estarem por trás do plano.
Depois da coletiva do ministro, o ditador Nicolás Maduro afirmou em reunião com representantes dos órgãos policiais da Venezuela que há uma “máfia albanesa no Equador”, segundo informações do jornal colombiano El Tiempo.
Maduro alegou que, dada a presença do empresário americano Erick Prince, fundador da empresa militar privada Blackwater, no país governado pelo conservador Daniel Noboa, os equatorianos teriam tentado “se infiltrar” na Venezuela por meio de mercenários.
Nenhum dos citados por Cabello e Maduro se manifestou ainda sobre as acusações. Denúncias sem provas são uma tradição no chavismo, que as utiliza para prender adversários políticos e tomar medidas agressivas contra outros países.
Fonte ==> Gazeta do Povo e Notícias ao Minuto