Os consumidores brasileiros ficaram, em média, 10 horas e 14 minutos sem energia elétrica em 2024. O resultado foi revelado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) nesta quarta-feira 2.
Apesar do alto índice relacionado aos apagões pelo País, a duração média de interrupção no fornecimento está dentro do limite considerado aceitável pela Aneel, de pouco mais de 11 horas sem luz por consumidor. O desabastecimento médio de 2024 ficou abaixo se comparado ao ano anterior, quando foi de 10 horas e 29 minutos de interrupção.
Ainda de acordo com a agência, a frequência das interrupções também caiu na comparação com 2023. Naquele ano, foram, em média, mais de 5 interrupções por unidade consumidora no País. Em 2024 o índice médio caiu para 4,89, uma melhora de 5%. O volume considerado normal pela Aneel é de 7,66.
“O avanço observado nos últimos anos é resultado de diversas ações da Aneel, tais como as novas regras de qualidade do fornecimento nos contratos de concessão das distribuidoras, as compensações financeiras aos consumidores, os incentivos na tarifa por meio do Componente de Qualidade, a adoção de planos de resultados para as distribuidoras que apresentavam desempenho insuficiente, as fiscalizações da Agência e a definição de limites de interrupção decrescentes para as concessionárias”, argumenta a Agência em nota.
Ranking
A Agência divulgou, também nesta quarta-feira, um ranking com as distribuidoras de energia pelo País, com base nas horas e episódios em que os consumidores ficaram sem o fornecimento do serviço. A Enel, que ganhou projeção em 2024 pelos longos apagões em São Paulo, ocupa a 21ª posição da lista. O ranking é liderado pela CPFL Santa Cruz. Veja:
- CPFL Santa Cruz
- EPB
- ERO
- Neoenergia Cosern
- ESS
- CPFL Paulista
- EDP Espírito Santo
- Equatorial Pará
- ETO
- EMT
- CPFL Piratininga
- EMR
- Neoenergia Coelba
- Neoenergia Elektro
- EDP SP
- EMS
- RGE
- ESE
- Neoenergia Brasília
- Neoenergia Pernambuco
- Enel SP
- Equatorial PI
- Light Sesa
- Enel CE
- Equatorial MA
- Celesc
- Enel RJ
- Cemig
- Copel
- Equatorial GO
- CEEE
Compensações
A Aneel, por fim, também divulgou um balanço das compensações pagas aos consumidores pelas ocorrências. Ao todo, foram 1,12 bilhão de reais desembolsados pelas companhias para compensar falhas na distribuição acima do limite aceitável. O valor era de 1,08 bilhão em 2023. O volume de compensações subiu drasticamente, de 22,3 milhões para 27,3 milhões.
“O valor de compensações pagas aos consumidores aumentou no ano passado, fruto do trabalho de regulação da Agência que aperfeiçoou as regras de compensação para direcionar maiores valores para os consumidores com piores níveis de continuidade”, explica a Agência no comunicado.
Fonte ==> Casa Branca